Benedito de Lira defende no Senado a regulamentação de jogos de azar para aumentar arrecadação

Destaque I 25.09.15

Por: sync

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O senador Benedito de Lira (PP-AL) pediu em Plenário nesta quarta-feira (23) a aprovação do Projeto de Lei do Senado 186/2014, que regulamenta os jogos de azar. O senador afirmou que, em tempos de crise e de falta de recursos para a União, a regulamentação desse tipo de jogo pode incrementar de forma significativa a arrecadação. Somente o jogo do bicho, citou o senador, movimenta cerca de R$ 12 bilhões por ano.

Benedito afirmou que os jogos de azar são uma realidade no Brasil, apesar de atuarem de forma clandestina. O jogo do bicho, por exemplo, tem hoje 450 mil pontos de apostas em todo o país, criando centenas de milhares de subempregos. Segundo o senador, a regulamentação desse tipo de jogo – do bicho, bingos, vídeo-bingos e cassinos, entre outros – renderiam ao governo entre R$ 18 a R$ 20 bilhões em arrecadação de impostos.

– Outros países, na América do Sul, América do Norte e na Europa, já regulamentaram os jogos de azar. Vejam o exemplo de Las Vegas (EUA), que era um deserto no território americano e hoje é uma cidade que recebe mais de 48 milhões de turistas e não depende exclusivamente da economia dos jogos. A mesma coisa poderia acontecer aqui – argumentou.

Entre os benefícios da regulamentação, ressaltou Benedito, estão o fomento do turismo, o estímulo ao investimento em infraestrutura, a geração de emprego e o aumento da arrecadação.

Benedito disse que apresentou a proposta à presidente Dilma Rousseff e que foi feita uma consulta informal aos parlamentares da Câmara e do Senado – a maioria dos consultados mostrou-se favorável à ideia. O PLS 186/2014, é de iniciativa do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e está em análise na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR). A relatoria da proposta está com o senador Wellington Fagundes (PR-MT).

Em aparte, Ciro Nogueira reforçou os argumentos de Benedito, destacando que para cada três reais jogados, dois reais são jogados de forma ilegal. O autor da proposta afirmou ainda que o projeto pode ser incluído na lista de matérias da Agenda Brasil. (Agência Senado – Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado) 

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