Brasileiro conquista sétimo bracelete de ouro do país na WSOP

Apostas, Destaque I 28.07.20

Por: Magno José

Compartilhe:
O jogador catarinense, Marcelo Pudla de 27 anos colocou seu nome na história do poker do Brasil ao conquistar o sétimo bracelete brasileiro na história da série

 

O primeiro triunfo brasileiro na World Series of Poker Online é de Marcelo Jakovljevic Pudla. Na madrugada desta segunda-feira (27), o jogador de Florianópolis encerrou com chave de ouro uma atuação espetacular no Evento 32: US$ 100 The Opener. Na mesa final, o campeão teve a companhia de outro brasileiro Pablo Brito, que em sua primeira FT (final table) na WSOP, o profissional baiano ficou com a quinta posição com US$ 71.742.

O jogador catarinense de 27 anos colocou seu nome na história do poker do Brasil ao conquistar o sétimo bracelete brasileiro na história da série. Pela vitória nos feltros do GGPoker, além de um pacote no valor de US$ 12 mil para a WSOP Europa, ele faturou um prêmio de US$ 265.879.

Além da cobiçada joia ele conseguiu uma grande virada no heads-up contra a israelense Roni Chamani. “Sinceramente, ainda não caiu a ficha do quão grande foi essa conquista que ganhei hoje”, disse o campeão em entrevista ao SuperPoker. “Certamente vai ser um divisor de águas na minha vida, além do bracelete veio uma bela quantia onde posso ter mais controle da minha vida financeira, já que no poker isso é muito difícil”.

A vitória foi transmitida com exclusividade nas plataformas do SuperPoker. Assim, os fãs do poker verde e amarelo puderam acompanhar o título ao vivo. Para o campeão, a transmissão deu um gosto especial ao momento. “Queria primeiro agradecer pela narração do Vitão! Muito emocionante! Esse momento está sendo muito especial para mim, sendo que a transmissão, da forma excepcional que foi feita, irá contribuir para torná-la inesquecível e emocionante. Agradeço também pela pronúncia do sobrenome, praticamente perfeito! Até mesmo nesse ponto ele demonstrou o grande profissional que é, reforçando meu sentimento de fã.”

Marcelo se formou em engenharia de produção, mas começou a se dedicar 100% ao poker assim que concluiu a graduação. Há cerca de três anos, o segundo lugar conquistado em um freeroll com mais de 10 mil pessoas acendeu a paixão pelo jogo. “Foi uma das melhores sensações que já tive até aquele momento”, relembrou. “Comecei a pesquisar mais sobre a vida de jogador de poker e como funcionava para virar um profissional”.

A trajetória no jogo começou em sit and gos de uma mesa e buy-in de US$ 0,50, mas logo veio o primeiro hit, de US$ 1.200. Depois disso, o catarinense nunca olhou para trás. “Entre altos e baixos depois de 3 anos, veio esse prêmio que nunca pensei que ia conseguir um dia”, revelou. “Um ponto importante é que nunca joguei para time, sempre segui sozinho nesse caminho e sempre controlando meu bankroll”.

Após o título, sobrou para os pais, que foram acordados pelo campeão na madrugada para a comemoração. Até agora, a ficha de ser apenas um dos sete brasileiros com bracelete ainda não caiu. “Não consigo nem pensar sobre isso ainda, é tanta coisa acontecendo nesse momento”, explicou. “Mas estou muito feliz de estar ao lado de grandes jogadores de poker brasileiro. Especialmente do Yuri TheNERDGuy, já que sou um player focado no online, é uma das pessoas que tento seguir para ter resultados positivos na minha profissão”.

Um destaque na trajetória do jogador no poker é que Marcelo nunca fez parte de um time, mas era um jogador lucrativo antes do big hit. “Nem de longe estou querendo falar que time não vale nada, que não vale a pena etc”, ressaltou. “Só acho ruim quando algumas pessoas falam que a pessoa só consegue viver de poker se for entrar em um time. Na minha opinião, qualquer um consegue ser lucrativo e tirar uma renda do poker. Seja profissional ou por hobby, é apenas querer e ter força de vontade.”

Jogando várias mesas ao mesmo tempo durante o domingo de grind, Marcelo explicou que só passou a focar 100% no torneio quando restavam cerca de 200 pessoas. “Um momento muito importante foi quando acho que faltavam 20 pessoas, consegui triplicar meu stack e ficar chip leader do torneio”, falou. “Comecei a controlar bem a minha mesa, e também com 10 left realizei um 3-bet que se não passasse iria cair para terceiro ou quarto do torneio e minha vida seria muito mais difícil do que foi na FT.”

O heads-up começou com uma desvantagem de 5 para 1 para o brasileiro. No entanto, Marcelo relembrou um outro heads-up jogado há cerca de um mês, quando esteve na posição contrária. “Estive na vantagem de 80bb vs 4bb duas vezes e mesmo assim não deu. Fiquei muito frustrado na hora mesmo recebendo uma quantia muito grande”, contou. “Neste HU [da WSOP] eu só me lembrei desse momento e falei ‘é minha hora de cravar esse torneio’. Consegui uma dobrada que já ficou bem parelhos os stacks e no final deu tudo certo.”

O campeão ainda elogiou a programação da WSOP Online no GGPoker, destacando os buy-ins mais acessíveis. “Tem braceletes disponíveis até para os bankrolls mais timidos, como era o meu. No momento, eu só estava pensando em jogar esse torneio da WSOP e um de $150”. Os próximos passos Marcelo ainda não sabem com certeza, mas já sonha com mais uma joia. “Nem eu sei como vai ser daqui em diante. Muito provavelmente não abandonarei o grind online e continuarei minha busca para quem sabe ganhar mais um bracelete”.

Confira no CardPlayer as mãos.

No total, o The Opener registrou 29.306 entradas, field responsável por uma prize pool de US$ 2.571.216. Confira quanto os finalistas ganharam:

  1. Marcelo Pudla (Brasil) US$ 265.879 + Pacote de US$ 12.000 da WSOP Europa
  2. Ronit Chamani (África do Sul/Israel) US$ 198.166
  3. Dejan Kaladjurdjevic (Montenegro) US$ 141.188
  4. Ramiro Petrone (Argentina) $100.643
  5. Pablo Brito (Brasil) US$ 71.742
  6. Roberto Turrisi (Itália/Alemanha) US$ 51.140
  7. Boban Zhivkovikj (Macedônia do Norte) US$ 36.454
  8. Jonas Mackoff (Canadá) US$ 25.986
  9. Brett Carson (Canadá) US$ 18.523.

(Com SuperPoker e CardPlayer)

Comentar com o Facebook