Caixa diz que resolverá problema de segurança nas lotéricas

Lotérica I 13.06.08

Por: sync

Compartilhe:

A Caixa Econômica Federal acredita que em breve encontrará a uma solução para melhorar o nível de segurança nas agências lotéricas em todo o país. Em janeiro desde ano, a instituição começou a repassar a título de adicional entre R$ 400 a R$ 800 para as empresas que estão investindo no item segurança, mas o valor ainda é insuficiente para a contratação de um vigilante para os estabelecimentos, conforme prevê lei federal.
Na audiência pública realizada nesta terça (10), na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, o representante da instituição, Antônio Carlos Barasuol, explicou que essas medidas diminuíram em 47% o número de assaltados nos estabelecimentos. Estão recebendo o valor menor quem investe em alarme e circuito de tevê. Já quem providencia o transporte dos valores chega a receber a quantia maior. Das 9 mil lotéricas em funcionamento, cerca de 3 mil já estão recebendo o incentivo.
Quanto a contratação de segurança, o representante da Caixa alega que a Lei 7.102, de 20 de junho de 1983, que obriga os estabelecimentos bancários e onde ocorra movimentação de numerário a contratação de segurança, não pode ser enquadrada para as lotéricas. "A atividade principal é a venda de loterias", disse Barasuol.
"Não é o que a Justiça em alguns estados está considerando, inclusive concedendo liminar favorável aos sindicatos dos vigilantes como é o caso da Justiça Federal do Rio Grande Sul", reagiu a deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), autora do pedido da realização de audiência. Para ela, a segurança é de fundamental importância porque protege não só os trabalhadores das lotéricas mas a população que utiliza os serviços.
A deputada também discordou do representante da Caixa com relação as atividades das lotéricas. Em alguns estados, cerca de 70% dos clientes que procuraram as casas é para pagar contas e somente 12% para fazer apostas. "Na minha cidade não há estrutura nenhuma de segurança nesses estabelecimentos que funcionam de forma aberta, por isso o nível de assalto é muito grande", protestou a parlamentar.
Ela propôs que a comissão do trabalho trabalhe na elaboração de um projeto para regulamentar a questão e defendeu melhor aproximação dos parlamentares da comissão com o grupo de trabalho da Caixa para mediar uma solução a curto prazo para o problema.
"Somos prestadores de serviço para os bancos, todos os custos tem um equilíbrio financeiro. Nós até queremos contratar segurança, mas não podemos", disse o presidente dos Lotéricos do Estado do Amazonas, Samuel Silva Azevedo.
O presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado do Amazonas, Valderli da Cunha Bernardo, disse que o estabelecimento de Samuel, no bairro da Praça 14, foi assaltado em R$ 250 mil. "Se ele pagasse R$ 30 mil por ano ao vigilante teria menos prejuízo", advertiu o dirigente sindical que foi desmentido por Samuel Azevedo, provocando um momento tenso na audiência.
O presidente da Comissão do Trabalho, Pedro Fernandes (PTB-MA), disse que a comissão vai acompanhar todo o processo de negociação. Acredita que tanto a Caixa quanto os lotéricos saberão dividir as responsabilidades para garantir mais segurança nos estabelecimentos. (Assessoria de Imprensa da Deputada Vanessa Grazziotin)

Comentar com o Facebook