Caso do bilhete milionário chega ao Ministério Público Federal.
Acionado o Ministério Público Federal para entrar na polêmica em torno de bilhete premiado na Mega-Sena, mas não pago ao aposentado que se diz ganhador. Ontem, Orival Silva, 80 anos, esteve na Procuradoria da República em Uberaba, onde foi ouvido pelo sub-procurador Eduardo Morato Fonseca.
Acompanhado de seu advogado Carlos Mozart Gonçalves, o aposentado prestou depoimento, repetindo com riqueza de detalhes a versão que apresentou ao Jornal da Manhã, na semana passada, quando denunciou que estava sendo lesado por funcionários da Caixa Econômica Federal. Orival reafirmou que o bilhete original que lhe garantiria prêmio de quase 19 milhões como ganhador da Mega-Sena foi entregue a funcionários da instituição financeira ao argumento de que, em cinco dias, o prêmio estaria depositado.
Durante o depoimento de ontem, o aposentado teria fornecido um dado até agora não divulgado. Conforme disse Orival, ele chegou a ser visitado por um gerente da Caixa no Hospital Dr. Hélio Angotti, onde estava em tratamento.
A audiência na Procuradoria da República durou mais de duas horas. Ao deixar o local, o advogado Carlos Mozart explicou que o passo seguinte será aguardar o posicionamento do Ministério Público Federal quanto aos fatos, bem como ele acredita que aquela instituição deverá apurar responsabilidades.
O aposentado Orival Silva, que é analfabeto, garante que ganhou, mas não levou o prêmio de quase 19 milhões de reais da Mega-Sena sorteada no dia 28 de dezembro, enquanto a Caixa já divulgou nota oficial posicionando-se a respeito. Conforme a CEF, perícia feita na fotocópia em poder do aposentado e que seria das dezenas sorteadas, não passa de adulteração fraudulenta. A instituição também desmente que qualquer de seus funcionários tenha retido o original do cartão que Orival garante ser o premiado.
Jornal da Manhã – MG – Gislene Martins