Córdoba: 350 ludopatas pediram para ser excluídos das casas de jogos

Destaque I 13.09.10

Por: sync

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Além da questão da lavagem de dinheiro, ouvimos com freqüência criticas ao ‘Cadastro Nacional de Ludopatas’, previsto no Projeto de Lei 1986/03. A proposta que legaliza os bingos enfrenta com coragem e determinação, a questão dos jogadores compulsivos, criando um ‘Cadastro Nacional’ que impede o acesso aos bingos das pessoas cadastradas. 

Além da experiência semelhante de outros países, a província de Córdoba, na Argentina implantou esta proposta desde o ano de 2008, através do Programa Permanente de Jogo Responsável (programa que visa reduzir os riscos do jogo sem controle) onde mais de 350 pessoas já pediram para serem excluídas dos cassinos.


Estas pessoas são viciadas em jogo e recorreram a um dos pontos previstos no programa para a contenção da patologia na província Argentina. Existe um formulário de auto-exclusão, que é um contrato irrevogável, que quando os apostadores o assinam não é possível acessar qualquer sala de jogo em Córdoba para um mandato de dois anos. 


O formulário tem um parágrafo em que o apostador de compromete a iniciar um tratamento especializado, em alguns dos centros do Programa Provincial, através do seu trabalho social ou em clinica particular. Até o presente momento 350 pessoas foram excluídos como evidenciado pela publicação. O formulário pode ser obtido página
www.loteriadecordoba.com.ar.


O programa atendeu nos primeiros 20 meses uma média de 210 pessoas, dos quais 26 pediram ajuda de um profissional (operador). O mesmo tem a função de instruir sobre a forma saudável de jogar, além da atenção as demandas e respostas às pessoas afetadas pela doença.


Assim, a partir de um convênio com o Ministério da Saúde e a direção da Saúde Mental conta com três centros de referência para a atenção dos jogadores ludopatas, localizadas nas cidades de Córdoba, San Francisco e Rio Cuarto, cujas equipes são compostas por psiquiatras, médicos psicólogos e assistentes sociais. Depois do contato, os candidatos passam a receber o tratamento em até 48 horas.


O programa também tem um serviço telefônico para atendimento do jogador compulsivo, que funciona 24 horas por dia, 365 dias por ano e informa sobre quais são as características e o perfil dos jogadores patológicos, os lugares que você pode ter assistência e como falar pessoalmente com um profissional (operador).


Os operadores deste serviço de telefonia são profissionais ou estudantes universitários da área de saúde, que são treinados para informar e encaminhar os pacientes para os centros de atenção.


No caso de um registro de uma chamada de urgência (quando a pessoa que se comunica corre algum risco de saúde), há um protocolo de atuação para ouvir e atender.


O site da Loteria de Córdoba também detalha que a ludopatia pode estar associada a transtornos psiquiátricos. Entre as patologias prévias e de base que predispõem a esta dependência se encontram o transtorno obsessivo-compulsivo, o transtorno de ansiedade generalizada, comportamento sexual compulsivo, compras compulsivas e à dependência e ao abuso de álcool e drogas.


Entre as poucas estatísticas disponíveis, que podem ser encontradas no Reino Unido, indicam que entre 0,5 e 0,6 da população adulta são jogadores patológicos, enquanto 1,4% dos jogadores britânicos estão em situação de risco moderado.


Estudos indicam que para cada 100 pessoas que têm acesso aos jogos de azar, no máximo, três estão doentes e outras duas têm comportamentos que se persistem ao longo do tempo, podem agravar-se e levá-los a ser jogadores compulsivos.
(Com informações da La Mañana de Córdoba – Argentina)

 

Formulário de auto-exclusão e de ingresso ao Programa Permanente de Jogo Responsável.

Clique aqui e confira o site da Loteria de Córdoba.

Clique aqui e confira o formulário de auto-exclusão e de ingresso ao Programa Permanente de Jogo Responsável.

Clique aqui e confira o relatório “A Intervenção Estatal nos Jogos de Azar”.

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