Dívida de R$ 430 mil em cassino de luxo de Las Vegas põe Luxemburgo na mira da Justiça

Cassino I 15.07.15

Por: sync

Compartilhe:

O técnico Vanderlei Luxemburgo, hoje no Cruzeiro, está enfrentando mais um problema extracampo. Dessa vez, o hotel e cassino Wynn Las Vegas (EUA) acusa o treinador de ter uma dívida de 139 mil dólares, ou cerca de R$ 428 mil, e procurou o sistema judiciário brasileiro para tentar amenizar o prejuízo, de acordo com apuração do ESPN.com.br.

O Wynn, um dos mais caros e luxuosos cassinos da região, contratou advogados no Brasil e encaminhou cópias dos documentos assinados  por Vanderlei quando passou pelo local, em 28 de fevereiro de 2014.
Na ocasião, o treinador — que estava desempregado — deixou um cheque promissório no valor de 300 mil dólares, a ser pago até o dia 29 de maio do mesmo ano. Mas Luxemburgo só quitou 161 mil dólares e ficou devendo o restante.
O Wynn Las Vegas, diante do ocorrido, contratou o advogado brasileiro Antonio Celso De Dominicis Neves, especializado em recuperação de crédito e cobrança judicial, processo civil e direito comercial para empresas estrangeiras.
O Wynn fica na rua Las Vegas Boulevard South, número 3131, Las Vegas, Nevada, Estados Unidos, e é um dos mais caros hotéis da cidade norte-americana. O cassino é um de seus carros-chefes e oferece noitadas de pôquer com premiações na faixa de 25 mil dólares diários.
Desde o último sábado (11) a ESPN tenta contato com Vanderlei Luxemburgo por meio de Luiz Lombardi, seu assessor particular, para questioná-lo sobre a dívida e a cobrança. O treinador, contudo, preferiu não se posicionar a respeito do tema.
Em 2010, a Revista ESPN publicou reportagem que dizia que o rendimento do treinador no futebol caiu em virtude do seu vício no jogo de pôquer: na reportagem, pessoas próximas ao treinador disseram que o carteado era um dos motivos de sua derrocada na carreira.
No Palmeiras, em 2008, por exemplo, segundo a reportagem da revista, o técnico mantinha noitadas de pôquer com alguns jogadores que faziam a equipe treinar cada vez menos no período da manhã.
Contrariado, Luxemburgo processou a revista pedindo indenização de R$ 500 mil e teve duas derrotas na Justiça desde então.
Em junho do ano passado, em segunda instância, a Justiça decidiu que "a matéria, ao reverso do sustentado no apelo, não se reveste de ilicitude. Exibe conteúdo narrativo e crítico. Relata a atuação profissional do recorrente, atribuindo o seu suposto declínio à prática de outras atividades paralelas, notadamente o gosto pelo jogo de cartas, que não é por ele negada. A narrativa de acontecimentos de interesse geral, como operado, não redunda em ato ilícito".
Veja a reprodução da  nota promissoria em inglês, assinada por Luxemburgo, e a versão traduzida para o português em cartório brasileiro. (Diego Garcia, do ESPN.com.br)
Comentar com o Facebook