Em meio a crise pequena parte dos brasileiros recorrem a jogos da loteria

Destaque, Loteria I 10.09.19

Por: Elaine Silva

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A Mega-Sena, Lotofácil e a Quina representem 85% da arrecadação da loteria

Em tempos de crise, uma parte dos brasileiros apostam na sorte para fechar as contas e quitar dívidas. Recorrer a loteria para melhorar a situação financeira é um sonho bastante comum no país. A arrecadação das loterias da Caixa somou R$ 13,85 bilhões em 2018. A Mega-Sena, Lotofácil e a Quina representem 85% da arrecadação da loteria.
A maior parte dos jogos é proibida no Brasil
A maior parte da jogatina, ou jogos de azar, é proibida no Brasil conforme o artigo 50 do decreto de lei 3.688/41.
São considerados como jogos de azar: a roleta; jogo do bicho; caça-níqueis; bingo; e loterias.
Entretanto, há uma exceção para as loterias, cujo os jogos são administrados pela Caixa Econômica Federal, e que tem sua “legitimidade” explicada pela redistribuição dos lucros com finalidades sociais.
O governo fica com 58,5% do arrecadado e esse montante é destinado a projetos de infraestrutura e diversas finalidades sociais.
A definição de jogos de azar no Wikipédia é seguinte: “jogos de azar são jogos nos quais os que têm sorte são os que ganham com o azar dos outros jogadores, devido às probabilidades”, exemplo jogo do bicho conhecido pelo termo deu no poste.
O gosto pela loteria coloca o Brasil no ranking de países em que as pessoas mais perdem dinheiro com jogos de azar.

“The Economist”
Um levantamento divulgado pela revista “The Economist” mostrou que os brasileiros perderam US$ 4,1 bilhões em 2014 em loterias e sites de apostas.
Os Jogos de azar representam, para alguns, a esperança de mudar de vida em tempos de crise.
Muitos brasileiros acreditam que podem conseguir um dinheiro extra ou até mudar de vida apostando na sorte.
Favorecido pela esperança dos clientes, muitas casas lotéricas têm apresentado bons resultados com a realização de apostas.
Pedro Duarte, de 34 anos, morador da cidade do Recife, costuma fazer bolões entre os amigos e vizinhos e conta que a adesão de pessoas aos jogos tem aumentado.
“Nos bolões que eu organizo, que envolve jogos da Mega-Sena, Quina e Lotofácil, quando comecei, antes da crise, em 2013, tinham 10 pessoas inscritas, hoje já são mais de 50 apostadores, participando dos bolões”.
Um dos apostadores, integrante dos bolões de Duarte, é o Augusto Correia, de 29 anos, que passou a apostar mais, na esperança de ganhar dinheiro para pagar dívidas.
“Toda semana eu aposto R$ 20 nos bolões e pelo menos mais R$ 15,00 no jogo do bicho. A economia vai mal, mas tenho esperança de ser agraciado com a sorte, pagar minhas dívidas e mudar de vida”.
O jogo do bicho, citado por Augusto, como informamos, é proibido no Brasil, mas é tão tradicional quanto as loterias e faz parte do dia a dia de grande parte da população brasileira. (
VEJA.com – Por DINO)
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