Empresário cria snack bar com apostas de corrida de cavalo em Cuiabá

Jockey I 11.09.17

Por: sync

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Convivendo com o turfe desde pequeno, o empresário e administrador de empresas Sérgio de Pádua, de 42 anos, resolveu trazer sua paixão para Mato Grosso.

As corridas de cavalo já são antigas no Brasil, tiveram início dos anos 30. Porém, as apostas fora dos hipódromos começaram no final de 2015, quando a empresa francesa PMU (Pari Mutuel Urbain), que é a maior no setor de apostas da Europa e a 3ª maior do mundo, começou a transmitir as corridas online.

“A PMU fechou um contrato de 20 anos com um Jockey Club brasileiro, que tem a sede no Rio de Janeiro, para explorar e fomentar o Jockey, que estava parado e esquecido no Brasil”, disse Sérgio.

À época, o Brasil tinha apenas os jogos oficiais, realizados pelo Governo, por meio da Caixa Econômica Federal. Com a parceria com o Jockey, a PMU iniciou uma rede de agências de apostas no país.

Assim que soube da chegada da PMU, Sérgio de Pádua foi ao Rio de Janeiro e fechou para ter a franquia em Mato Grosso e em todo o Centro-Oeste.

Sérgio cresceu em meio às apostas. Quando pequeno, seu avô o levava às corridas e foi assim que se apaixonou pelo turfe.

“Ele estava sempre lá apostando, me levava quando eu era pequenininho. Naquela época, até menor podia apostar, era uma coisa lúdica, uma brincadeira”, disse.

O primeiro turfe point do empresário foi criado em Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), em março deste ano. Com a boa aceitação do público, em agosto, Sérgio resolveu trazer também para a Capital.  

A intenção do empresário é expandir o negócio para outros 20 municípios. Os próximos devem ser Sinop (500 km ao Norte), Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte) e Sorriso (420 km ao Norte da Capital).

As corridas acontecem todos os dias e são transmitidas ao vivo nas telas do snack bar.

Os turfes points de Mato Grosso exibem corridas de vários países, como França, Estados Unidos, Estados Unidos (na Flórida), Inglaterra, Alemanha, Austrália, Chile e em Dubai, nos Emirados Árabes.

Também são transmitidas, e permitidas apostas, em corridas que acontecem em estados brasileiros, como Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e o Rio Grande do Sul.

Com o aumento do público de apostadores, Minas Gerais também deve voltar a ter corridas, em Belo Horizonte, em breve.

Na agência, a aposta é feita em terminais, em que a pessoa escolhe o cavalo que acredita que será campeão e recebe um bilhete com um código de barras.

O perfil histórico de apostadores são os aposentados, mas a gente está querendo mudar isso. Por isso, criamos esse ambiente para criar novos turfistas

“Você não precisa esperar a corrida terminar, pode voltar depois para conferir. Você tem 30 dias para resgatar o prêmio, caso ganhe”, explicou Sérgio de Pádua.

A dinâmica é a mesma de uma aposta da Mega-Sena, a diferença é que, no turfe, a pessoa pode ficar no local, assistir à corrida e já saber se ganhou o prêmio.

As apostas também podem ser feitas online, pelo site da PMU. As competições são regulamentadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), através da lei 7291, de 19 de dezembro de 1984.

Sérgio contou que sua intenção ao criar o turfe point é formar uma rede de apostadores que compartilhem suas experiências. Ele quer ajudar a construir uma nova turma de apostadores.

“O perfil histórico de apostadores são os aposentados, mas a gente está querendo mudar isso. Por isso, criamos esse ambiente para criar novos turfistas. Os jovens não sabem como é, nunca apostaram”, disse.

Ele afirmou que não há uma divisão de classes, visto que as apostas custam a partir de R$ 2. Mas, para os apostadores que gostam de arriscar valores mais altos, o turfe point tem uma sala VIP.

O prêmio é calculado de acordo com o volume de apostas em cada cavalo, o rateio e quantas pessoas ganharem.

“Por exemplo, o cavalo que é favorito é muito apostado. Então, o percentual que ele vai pagar por cada real apostado, geralmente, é menor”, explicou Sérgio.

No momento da aposta, já aparece quanto o cavalo está pagando por real, e esse valor vai sendo atualizado até o início da corrida.

Se o prêmio ganho for de até R$ 3 mil, a agência é autorizada a pagar imediatamente ao apostador. Acima disso, a pessoa recebe no dia seguinte.

Corrida de R$ 5 milhões

Na França, acontece todos os dias uma corrida em que a premiação é muito maior. Em Mato Grosso, ela não é exibida ao vivo, devido ao fuso horário, mas a aposta pode ser feita e conferida no outro dia.

“Se você acertar os cinco primeiros cavalos na ordem, ganha R$ 5 milhões. Esse montante é rateado no mundo inteiro, mas já aconteceu de uma pessoa ganhar sozinha, duas, três, quatro, 20, 50”, contou Sérgio.

Essa corrida é diferente das tradicionais, em que os cavalos competem a galope. Ela é uma corrida de trote atrelado, com uma raça de cavalo chamada American Trotter, que não galopa, apenas trota. E o Jockey vai em uma charrete pequena atrás.

“São sempre 18 cavalos. Por isso que é difícil, você tem que acertar os cinco primeiros que chegarem na ordem exata. Se um for fora da ordem já não vale”, explicou.

O local

Além das apostas, o Turfe Point Cuiabá ainda conta com um snack bar, que oferece chope, cerveja, refrigerante, café e petiscos.

Está localizado na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Cuiabá, e fica aberto das 14 às 22h.

Segundo Sérgio de Pádua, os cuiabanos estão aprovando a novidade. “Eles vêm a primeira vez e retornam várias outras. Estamos sentido que o pessoal está gostando”, disse. (MídiaNews – Karina Cabral, da Redação – Fotos: Alair Ribeiro – Cuiabá – MT)

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