Estudo define perfil de jogadores patológicos

Jogo Responsável I 05.02.02

Por: sync

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Para cada homem jogador patológico, há uma mulher com o problema. Mas o desenvolvimento da doença nas mulheres é três vezes mais rápido do que nos homens. Elas começam a jogar por volta dos 30 anos. Em dois ou três anos, o transtorno se instala. Mais dois anos e elas procuram ajuda para se tratar.
Os homens começam a jogar mais cedo. Fazem as primeiras apostas entre 18 e 20 anos. Mas a doença demora dez anos para se instalar – só aos 30 anos eles estão doentes. Os homens demoram em torno de cinco anos para buscar tratamento.
Desde 1998, mais de 300 pacientes já passaram pelo Ambulatório do Jogo Patológico (Amjo) do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas. O tratamento costuma levar um ano; o objetivo é a abstinência do jogo. Cada paciente passa por 40 sessões semanais de psicoterapia individual. Em seis meses, a pessoa já tem menos comportamentos da doença e consegue se controlar na relação com o jogo. “Grupos de auto-ajuda, como os Jogadores Anônimos, fazem o tratamento ficar mais consistente e rápido”, diz o neuropsicólogo Daniel Fuentes, do ambulatório do IPq.
O Amjo está com a triagem aberta para tratar jogadores patológicos. O atendimento é gratuito. Para se inscrever, é preciso ligar para o ambulatório e deixar recado na secretária eletrônica. Um dos profissionais telefona de volta para marcar a consulta de triagem. O Amjo tem interesse especial em mulheres, pois a equipe está desenvolvendo pesquisas de análise da doença no sexo feminino.
O grupo de auto-ajuda Jogadores Anônimos organizam reuniões em vários locais da capital. Também há encontros em outros Estados e no Distrito Federal.
Para participar do grupo basta querer parar de jogar. Nas reuniões, pessoas que enfrentaram a mesma doença trocam experiências e ajudam umas às outras.
O Estado de SP – SP

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