Jogada de Mestre

Jogo Responsável I 21.02.02

Por: sync

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Os fanáticos por bingos, cassinos, loterias e corridas de cavalos teriam grandes chances de sucesso na vida não fosse a compulsão pelo jogo. Isso porque essas pessoas possuem QI acima da média, tomam decisões simples rapidamente, apresentam tendência a liderar e grande poder de persuasão e são dinâmicas, criativas, curiosas e perfeccionistas. Essa lista recheada de traços de personalidade pra lá de bons é resultado de uma pesquisa feita pelo neuropsicólogo Daniel Fuentes, do Ambulatório do Jogo Patológico (AMJO) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, que comparou o cérebro de 20 dependentes de jogos de azar com o de 20 pessoas normais por meio de testes neuropsicológicos computadorizados.
Há, no entanto, uma características negativa: “os jogadores patológicos não lidam bem com o planejamento e a execução de tarefas complexas, o que reflete uma deficiência em regiões específicas do córtex cerebral”, completa o especialista, que pretende examinar, agora, o formato da massa cinzenta desses indivíduos. A intenção dos estudos é melhorar a eficácia do tratamento, que se baseia em sessões de psicoterapia, associadas, quando necessário, a antidepressivos.
Sobre a doença
Cerca de 3% da população brasileira têm uma relação doentia com o jogo. Só o ambulatório do Hospital das Clínicas de São Paulo já atendeu, desde 1998, 200 pessoas a fim de se livrar da dependência.
O jogo patológico é um distúrbio que tumultua a vida do jogador, comprometendo suas relações pessoais e profissionais. Ao interrompê-lo, é comum a pessoa apresentar sintomas de abstinência, como irritabilidade e tremores.
Você pode obter informações no Ambulatório do Jogo Patológico (AMJO) do Hospital das Clinicas de São Paulo. Telefone: (11) 3083-7816.
Revista Saúde é Vital – Patricia Jota

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