Loteria do Estado do Amazonas: Esporte e cultura vão ter 50%.

Loteria I 26.06.03

Por: sync

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A Loteria do Estado do Amazonas – Loteam -, cuja implantação depende de aprovação pela Assembléia Legislativa, vai repassar 50% de sua arrecadação líquida para o esporte e a cultura, ficando os demais 50% para serem utilizados em obras sociais. Segundo o Secretário Extraordinário Manuel do Carmo Chaves Neto “Maneca” (foto), a forma como será repassada a parte que cabe ao esporte e a cultura “depende do Poder Executivo”.O ante-projeto de lei foi elaborado por uma comissão composta pelo secretário Maneca, o chefe da Casa Civil José Alves Pacífico e por Jorge Pinho. O procurador Rui Marcelo foi nomeado para acompanhar o andamento do projeto, cujo relator é o deputado Belarmino Lins.Maneca acredita que a Assembléia deverá aprovar a Loteam até o final deste mês. “A Loteria do Estado do Amazonas será um órgão público que não vai dar qualquer despesa ao Estado e o governador Eduardo Braga tem especial interesse por ela, razão pela qual acredito que vai dar tudo certo”, disse o secretário.Pela legislação, podem ser utilizados jogos como Loteria de Números ou de Símbolos: Loteria Instantânea (raspadinha), Videloteria (jogos eletrônicos), Sistema de Loteria On Line/Real Time, Loto Permanente, Loteria Similiar, Loteria Convencional, Loteria Mista e Loteria Via Internet.Maneca disse não poder antecipar quais os tipos de jogos que serão colocados pela Loteam, pois a mesma será administrada por uma empresa particular que será contratada mediante concorrência.“Com a publicação do edital de concorrência, vão ser analisadas as diversas propostas, capital das empresas interessadas, idoneidade e o trabalho que por ventura já tenham executado em outros Estados. A vencedora é que vai implantar os jogos que achar viável para boas arrecadações”, explicou, acrescentando que a Secretaria Extraordinária vai repassar para os cofres do Estado o saldo deduzido da arrecadação menos o custo do contrato com a empresa.“A metade será destinada a obras sociais e a outra metade vai para o desporto e a cultura. Agora, como é que vai ser a divisão é uma decisão do governador. Ele pode determinar tantos por cento para uma determinada área esportiva ou outros tantos por cento para um evento ou campanha cultural. Isso quem vai decidir é o Poder Executivo. É bom lembrar que existem muitas áreas de atividades na cultura e a área do desporto é enorme. Por isso, é bom não se criar expectativa de repasses só para o futebol ou para os clubes profissionais”, advertiu.Maneca informou que após a aprovação pela Assembléia e o sancionamento pelo governador Eduardo Braga, a Loteria do Estado do Amazonas terá 120 dias para entrar em funcionamento. “O caminho se inicia com a publicação do edital. É claro que as empresas interessadas farão pesquisas de mercado e avaliarão as possibilidades de lucro. A partir daí farão suas propostas”, salientou.

Credibilidade – O secretário Extraordinário fez questão de frisar que o sucesso da Loteam vai depender da conscientização e da credibilidade que o órgão conseguir junto ao público.“Vamos ter que mostrar que a arrecadação da loteria vai ser empregada aqui mesmo, o que não ocorre com a Caixa que arrecada, por exemplo, R$ 10 milhões por semana no Amazonas e não retorna nem 10% desse valor em prêmios. Com a nossa Loteria, o que for arrecadado voltará tudo em forma de prêmios. Além disso, mostraremos que a parte que couber ao governo vai estar sendo empregada em obras sociais e os repasses feitos com clareza. Aí o povo vai acreditar e apostar. O segredo do sucesso em jogo é a credibilidade”.

Ajuda ao futebol – Reportando-se ao assunto ajuda ao futebol profissional, Maneca lembrou que o Governo do Estado nunca deixou de ajudar os clubes. Recentemente, São Raimundo, Nacional e Rio Negro receberam gordas fatias.O São Raimundo, que disputa a Série B e tem maiores despesas, recebeu R$ 490 mil, enquanto Nacional e Rio Negro, que só disputaram o campeonato estadual, ganharam R$ 250 mil cada um. Os demais receberam R$ 150 mil para dividirem entre si.“Os clubes estavam devendo arbitragem e até a folha de pagamento. A ajuda do governo estadual serviu para que eles (os clubes) se equilibrassem. Alguns até saíram com saldo. Portanto, o futebol profissional não pode de forma alguma dizer que o governo não ajuda”. 

Em Tempo (AM)

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