Loteria Federal do Brasil

A loteria brasileira está intimamente ligada à história da CEF, pois parte dos recursos utilizados nos estudos para a implantação da Caixa Econômica e na formação do capital de Monte de Soccorro provieram da extração de uma loteria, especialmente autorizada para aqueles fins, pela lei 1.114 de setembro de 1860.
A primeira extração data de 1784, na antiga Vila Rica, hoje Ouro Preto, MG. Os recursos foram para a reconstrução da Casa da Câmara da Capital das Minas Gerais.
Durante muitos anos as loterias eram autorizadas para um fim específico e no diploma legal que permitia os sorteios estava expresso o valor dos prêmios, a data e para o que se destinavam os recursos.
Já na época da República o sistema se institucionalizou, fazendo com que as extrações fossem realizadas sistematicamente, e os resultados administrados diretamente pelo Estado. Através do Decreto 50.954, de 14 de junho de 1961, O Governo entrega ao Conselho Superior das Caixas Econômicas a loteria, já com a denominação de Loteria Federal.
Hoje o resultado líquido da arrecadação é repassado aos ministérios da área social, atendendo, assim, aos mais carentes setores da economia nacional.
Com o advento de novas modalidades de loterias, também sob a administração da CEF, mais recursos são canalizados para setores da Sociedade.

Bilhete da Extração da Loteria Federal
92º Extração de 1911
A sorte, afinal, foi de todos
Da primeira extração feita pela administração da Caixa Econômica, em 15/09/1962, até a realizada em 30/07/1977, arrecadaram-se Cr$ 11.946.690.697,37, dos quais Cr$ 5.614.196.586,87 reverteram-se no benefício da coletividade.
Destinaram-se a previdência social Cr$ 3.560.280.726,04. Para fundos assistênciais diversos Cr$ 810.642.697,66. Para IR Cr$ 1.243.273.163,17.
A loteria, nos seus primórdios tivera a função de fonte de recursos para realizações específicas no desenvolvimento de suas atividades no Brasil, tornou-se responsável por obras que chegaram aos nossos dias.
A "Casa da Câmara de Adjacentes Cadeias", em Ouro Preto, a 1ª. Mais tarde, a Santa Casa, em São Paulo, a Igreja do Senhor do Bonfim, em Salvador.
Obras que o brasileiro conhece. Nos ultimos 15 anos, os recursos da Loteria Federal passaram a trabalhar para a construção em outro sentido. Financiamento de obras, hospitais, obras de saneamento e programas do alcance do fundo de apoio ao desenvolvimento social. Obras que certamente o brasileiro não conhece tão bem. Obras voltadas para diretriz social mais ampla, que em vez de serem individualizadas como exemplos de realizações, ingressam no anonimato que caracteriza, sempre um grande trabalho da infra-estrutura social.
Caminhão da Sorte
Com o objetivo de mostrar como funcionam os sorteios, dando-lhe transparência e aumentando a credibilidade dos produtos lotéricos, a CAIXA investiu 1 milhão de reais no projeto de duas carretas, equipadas com uma Casa Lotérica ambulante conjugada com um posto de venda da CAIXA, uma sala VIP e um palco para sorteios e shows, que deverão percorrer, em um ano, 50 municípios.
Destinação de Recursos
Atualmente a destinação social da arrecadação das Loterias da CAIXA são as seguintes:
44% – Prêmios
1% – Fundo Nacional de Cultura
22,4% – INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social
9,6% – Programa de Crédito Educativo do Governo Federal
3% – Fundo Penitenciário Nacional