Presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso defende recriação da Loteria do Estado

Loteria I 01.10.15

Por: sync

Compartilhe:

O presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB) afirmou ser favorável à recriação da loteria esportiva em Mato Grosso, visando so financiamento em programas sociais do Estado.

A sugestão foi feita por Maluf, na semana passada, durante uma reunião com o secretário de Estado de Assistência Social (Setas), Valdiney de Arruda.

Na ocasião, Maluf recebeu do secretário, detalhes sobre dois projetos sociais que serão iniciados pelo Governo, o “Emprega Rede” e o “Empreender para Incluir”.

"A loteria esportiva pode ter nascido errada em outros momentos, mas pode ser considerado um meio para o financiamento de projetos sociais, desde que seja algo de iniciativa do Governo do Estado, que tenha conceitos e possa ser tratada dentro da legalidade"

Ambos visam a geração de empregos a adolescentes em conflito com a lei e disponibilização de microcrédito para famílias em situação de vulnerabilidade social.

Para Maluf, a recriação da Lemat – extinta pelo governador Pedro Taques (PSDB), em janeiro deste ano – permitiria a destinação de recursos para esses projetos.

“A loteria esportiva pode ter nascido errada em outros momentos, mas pode ser considerado um meio para o financiamento de projetos sociais, desde que seja algo de iniciativa do Governo do Estado, que tenha conceitos e possa ser tratada dentro da legalidade, não há porque desconsiderá-la”, afirmou o presidente.

Ele lembrou ainda que, em outros estados a prática é comum e, por meio dela, é possível angariar recursos para obras sociais.

Apesar defender a recriação da Lemat, Maluf não irá propor nenhum projeto nesse sentido, justamente por entender que esta deveria ser uma iniciativa do governador Pedro Taques.

Nos bastidores, no entanto, há informações de que alguns deputados, juntamente com o presidente do legislativo, poderiam tentar “sensibilizar” o governador sobre o assunto.

“Jogos de Azar”

O governador Pedro Taques, por sua vez, decretou a extinção da Loteria, por meio de um decreto publicado no Diário Oficial do Estado, logo no primeiro mês de seu mandato.

O trabalho de convencimento que pode vir a ser feito pelos deputados parece uma missão bastante difícil, já que Taques já deu várias declarações se mostrando contrário à Lemat.

“Todos sabem minha opinião. Sou contrário no sentido de administrar essa área e me manifestei sobre isso, durante a campanha eleitoral. Alguns argumentam que a Lemat seria nos moldes da Loteria Esportiva ou da Mega Sena, porém isso é do Governo Federal e eu sou contrário ao Estado manter jogos”, afirmou.

Loteria

A “volta” da Lemat, extinta no final da década de 1980, foi proposta pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e, conforme edital de licitação, serviria para a exploração de jogos nas modalidades convencional (nos moldes da Loteria Federal) e instantânea (Raspadinha).

A Justiça Federal chegou a pedir a suspensão da licitação em julho de 2014, após as empresas que concorriam à licitação brigarem em ações judiciais.

A expectativa era de que a Lemat arrecadasse cerca de R$ 20 milhões por mês. Além disso, o Governo esperava um lucro de R$ 411 milhões, em um período de 10 anos, com a concessão da loteria.

O edital previa que 3% da arrecadação da loteria iriam para o Fundo de Assistência Social, 7% para o Fundo de Desenvolvimento Desportivo e 8% para a administração da própria autarquia.

A Lemat foi criada em 1953. À época, o formato era de terceirização. Em 1980, o Estado voltou a explorar os jogos, mas a empresa foi extinta. (Midia News – Camila Ribeiro – Da Redação)

Comentar com o Facebook