Pressão sobre Bolsonaro aumenta por parte da indústria dos jogos de azar

Destaque I 27.03.19

Por: Elaine Silva

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Todos os lados apontam que o Brasil será muito beneficiado com a resolução política dos jogos de azar

O mandato de Jair Bolsonaro já começou envolto em muitas polêmicas, uma delas é a pressão que o presidente está enfrentando. Ela vem da indústria dos jogos de azar sobre a futura liberação da modalidade.

Há mais de setenta anos o país enfrenta a proibição dos jogos de azar, isso ocorreu em meados de 1946, no governo de Eurico Gaspar Cunha. De lá para cá muitas leis mudaram, mas essa continua em vigor.

A proposta de lei já mostra que o Brasil pode lucrar mais de 2 bilhões, por ano, em impostos gerados das milionárias apostas. Ela circula desde o ano passado pelo Senado e deve ser analisada em breve.

A priore o governo deve liberar o funcionamento dos cassinos dentro dos resorts, mas em contrapartida especialistas rebatem e tentam mostrar um outro ponto de vista. O presidente, Magno Sousa, do Instituto Jogo Legal defende a liberação de todas as modalidades, sem restrições. “Se todas as modalidades fossem liberadas, o jogo geraria 697 mil empregos. Mas, se só os cassinos fossem liberados, seriam apenas 20 mil postos de trabalho”, afirma.

O primeiro indicio a liberação total veio com a regulamentação da loteria esportiva, que ocorreu no final do ano passado e deve entrar em vigor em no máximo 2 anos, podendo ser prolongado por mais dois.

O parecer do presidente sobre o trâmite legal dos jogos

Desde o período das eleições o presidente mostrou-se contra a possibilidade da legalização, mas no segundo turno mudou rapidamente de opinião e fez seus eleitores duvidarem de suas palavras.

Durante esse período ele comentou sobre o tema polêmico e deixou os investidores esperançosos. Bolsonaro foi bem sucinto nas conversas sofre a possível liberação, segundo o presidente a regulamentação pode ocorrer, mas todo cuidado deve ser tomado antes disso.

“O que nós temos estudado aí? A possibilidade, olha, possibilidade, de jogar para os estados decidir isso daí. Está muito incipiente em discutir. Eu particularmente, no primeiro momento, sou contra. Mas pode ser conversado”, comentou.

Depois fez questão de salientar sobre a rigidez das regras e a importância de um regulamento bem estruturado.

“Tem de ter regra, algum balizamento no tocante a isso. Não podemos deixar abrir caça-níquel. Por exemplo: o elemento vai à padaria e, em vez de levar o pão para casa, joga o dinheiro no caça-níquel. No primeiro momento eu sou contra, e pessoas têm chegado a mim falando que deveria jogar para cada estado decidir a questão de cassinos”, comentou Bolsonaro durante evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Entretanto, essa declaração foi dada no ano passado e os investidores e outras empresas envolvidas com jogos aguardam ansiosos por um novo parecer sobre a proposta. Seguir os passos dos países, que lideram o ranking com os jogos, é essencial para o crescimento econômico.

Nós conversamos com Marcelo Romero, do Brasilcasinos, que diz que isto pode ser comprovado com o sucesso dos jogos na internet, quando esses jogos passarem a ocupar estabelecimentos físicos isso ajudará e muito o Brasil

Todos os lados apontam que o Brasil será muito beneficiado com a resolução política dos jogos de azar. Com a loteria uma pequena mudança deve ocorrer, mostrando que a normatização está caminho para do lado correto. (Jornal Correio do Povo – Curitiba – PR)

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