Pressionada por telespectadores e MP, Band tira “Super Bônus” e “Top Game” do ar

BNL I 20.02.18

Por: Magno José

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O MP vem fechando o cerco e, desde o ano passado, pressiona as emissoras, principalmente a Band, grande vitrine para essas produtoras, como a Avatar Mobile Technologies (“Super Bônus”, “Game Phone”) e G2P (“Top Game”) para tirarem do ar esse tipo de conteúdo

No ar há vários anos pela Band, tendo diversos nomes nesse período, os programas “Super Bônus” e “Top Game” não farão mais parte da grade de programação em março. O segundo, aliás, já foi rifado.

Com a idoneidade questionada, os famigerados caça-níqueis são alvos de uma investigação conduzida pelo Ministério Público Federal há três anos.
Para o órgão, a história de que “a responsabilidade é de seus idealizadores” não cola. As recentes denúncias registradas por cidadãos a respeito de irregularidades nesses programas estão sendo investigadas.
O MP vem fechando o cerco e, desde o ano passado, pressiona as emissoras, principalmente a Band, grande vitrine para essas produtoras, como a Avatar Mobile Technologies (“Super Bônus”, “Game Phone”) e G2P (“Top Game”) para tirarem do ar esse tipo de conteúdo.
Em reportagem realizada pelo NaTelinha em outubro do ano passado, destacamos que a Band poderia ser responsabilizada pela veiculação dessas atrações. A responsabilidade estaria diretamente vinculada ao resultado das investigações, de acordo com disse o Ministério Público ao site.
O youtuber Rogério Betin, que denuncia as supostas fraudes desses programas desde o ano passado, comemora: “Me sinto um pouco responsável por isso (a extinção pela Band). Acredito que foi graças às críticas e pressão popular que a Band decidiu não renovar contratos com estes programas, que têm tantos indícios de fraudes”.
“Fui o primeiro no Brasil a mostrar abertamente no YouTube como funciona esses programas. Até então, nunca ninguém tinha mostrado isso abertamente na internet”, orgulha-se Betin.
Na semana passada, o youtuber trouxe à tona mais vídeos contestando a credibilidade desses programas. “Editei e recortei apenas o momento em que cada participante entra no ar e fala o seu nome e a resposta do jogo. Depois eu juntei todas as participações, nos últimos programas seguidos, e descobri algo que eu já desconfiava: as vozes se repetem!”, disparou. Confira um dos vídeos aqui e tire suas próprias conclusões.
Todo o imbróglio vivido por Rogério Betin e Avatar foi motivo de reportagem no NaTelinha. A produtora processou o YouTube alegando danos morais.
O NaTelinha destaca que enviou diversos questionamentos à Avatar Mobile e G2P em 2017, mas nunca recebeu um retorno, embora elas tenham lido todas as perguntas.
A Band, procurada para confirmar as informações, não se manifestou até o fechamento desta matéria.
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