Com impasse, reforma política está a um passo do fracasso
Bem que o presidente interino da Câmara, André Fufuca (PP-MA), tentou até o último minuto, mas se a aprovação da reforma política já estava difícil, agora, com um novo adiamento da votação da matéria para a semana que vem, ficou ainda mais distante. Até mesmo a proposta que tinha o maior apoio, a emenda constitucional que estipula uma cláusula de barreira para partidos, perdeu força.
Das duas propostas de emenda à Constituição (PECs) que mudam a lei eleitoral, a que tem mais chances é a que acaba com as coligações partidárias nas eleições para deputados e vereadores e que cria a cláusula de barreira, relatada pela deputada Shéridan (PSDB-RR). A outra, de relatoria de Vicente Cândido (PT-SP), que cria um fundo público para financiar as eleições e muda o sistema para eleger deputados e vereadores instituindo o chamado distritão, está praticamente sepultada. Tanto é assim que Shéridan apresentou um requerimento para que seu texto seja votado antes do de Cândido, embora o do petista tenha chegado ao plenário na frente.
Sem sorteios e bingos
Sem a votação da PEC relatada pelo deputado Vicente Cândido, ficará prejudicada a alteração da redação do Art. 4º da Lei nº 5.768, de 20 de dezembro de 1971, que prevê a possibilidade de os partidos políticos realizarem sorteios, concursos e bingos para o custeio de suas finalidades partidárias e eleitorais. (Com O Globo)