Governo planeja ações contra ‘epidemia’ da lavagem

Blog do Editor I 24.09.12

Por: sync

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O Estado de S.Paulo informa que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) vai combinar ações especiais em empresas consideradas de "risco" para a prática de lavagem com o fortalecimento da gestão do órgão, incluindo a cessão de novos servidores. A medida quer fortalecer as investigações da unidade de inteligência financeira, vinculada ao Ministério da Fazenda, e coibir a "epidemia de lavagem" no País.

Segundo a reportagem, as blitze em joalherias, factorings, casas de câmbio, loterias e outros setores regulados pelo órgão devem começar ainda neste ano. De acordo com o presidente do Coaf, Antônio Gustavo Rodrigues, as visitas in loco vão garantir o levantamento mais preciso de dados naquelas empresas consideradas expostas ao risco de lavagem. "A medida será combinada a outras ferramentas para otimizar o poder de fiscalização do Estado brasileiro. Queremos aumentar essa capacidade", afirmou Rodrigues. Clique aqui e leia a íntegra da reportagem ‘Coaf planeja ações contra ‘epidemia’ da lavagem’ no O Estado de S.Paulo.

Comento

Em maio deste ano, o presidente do COAF, Antonio Gustavo Rodrigues enviou carta à CPI mista do Cachoeira, explicando que apenas dez dos 42 servidores do órgão “desempenham atividades de análises de informações financeiras”. “Destaque-se que essa situação do COAF é basicamente a mesma desde 2005, tendo sido inclusive objeto de recomendações da CPMI dos Correios”. A revelação de Rodrigues, quase em tom de desabafo, mostrou como o governo trata com desleixo os mecanismos de fiscalização da bandalheira no sistema financeiro brasileiro.

Com frequência, representantes do poder público manifestam a dificuldade em controlar e fiscalizar as operações de jogos de azar. Na verdade, com apenas dez servidores para mapear a bandalheira no sistema bancário, o COAF não tem condições de fiscalizar absolutamente nada. O problema não é a esperteza dos operadores, mas a incompetência e omissão do Estado.

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