JCB sorteia o balizamento GP Brasil Pixbet (G1)
Após o sorteio realizado no Salão das Rosas, nesta quinta-feira (7), confira o balizamento dos animais de 3 anos e mais idade que tiveram seus ADDEDs pagos para participar do 91º Grande Prêmio Brasil Pixbet (G1), que será disputado em 2.400 metros, pista de grama, no domingo, dia 18 de junho, no Hipódromo da Gávea.
Do valor cobrado de added nas provas de grupo 1, será destinado 50% (cinquenta por cento) para a premiação e 50% (cinquenta por cento) convertido em uma aposta da modalidade de vencedor que será entregue ao proprietário do ganhador logo após a disputa do páreo. (JCB)
1 | PERIGNON | STUD AHA |
2 | JOREL | STUD PEDUDU |
3 | MAXIMUM DRIVE | HARAS SPRINGFIELD |
4 | OLYMPIC KREMLIN | STUD HRN |
5 | LIONEL THE BEST | STUD H & R |
6 | OSPREY | STUD RED RAFA |
7 | LIMEIRA | STUD ESCORIAL |
8 | RAPTOR’S | HARAS DO MORRO |
9 | ESCHER | HARAS INTERLAGOS LTDA |
10 | LAH LAH LAH | STUD HAPPY AGAIN |
11 | KING FOUR | STUD ANGEL |
12 | TO SIR WITH LOVE | HARAS DOCE VALE |
13 | PLAYA LOS INGLESES | STUD BEST FRIENDS |
14 | JET CLASS | STUD INSTANTE MÁGICO |
15 | HIGH WIRE | STUD HRN |
16 | ONLINE | STUD VERDE |
17 | NÃO DA MAIS | HARAS PHILLIPSON |
18 | KUNG FU | STUD HAPPY AGAIN |
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Mais um Grande Prêmio Brasil em nossas vidas
A diretoria do Jockey Club Brasileiro divulgou nesta terça-feira (13), no seu site, um balanço bem interessante, autêntico raio x, do Grande Prêmio Brasil de 2023. Foram inscritos 462 puros-sangues, distribuídos em quatro programas. Nas reuniões coadjuvantes, na sexta-feira, dia 16 de junho, e, na segunda-feira, 19, teremos 10 páreos, em cada dia. E, nas reuniões protagonistas, no sábado, dia 17 de junho, e, no domingo, dia 18, tarde de realização da prova central, 11 e 12 páreos, respectivamente. Ou seja, 43 páreos serão disputados. Cinco provas de Grupo 1, uma de Grupo 2, e quatro de Grupo 3, compõem a programação clássica, além dos páreos adjacentes do calendário nobre, Listed e provas especiais. Sendo assim, todos nós, turfistas, poderemos curtir intensamente, mais um Grande Prêmio Brasil, em nossas vidas. E, por um motivo, ou por outro, seja ele, sentimental, afetivo, ou, profissional, jamais esqueceremos estes próximos quatro dias de junho de 2023.
Duas edições do Grande Prêmio Brasil se tornaram inesquecíveis em minha vida turfística. As duas primeiras vitórias de Juvenal Machado da Silva, ainda hoje jóquei recordista da prova com 5 triunfos. Sem dúvida, era o meu grande ídolo nas primeiras visitas a Tribuna Especial A, do Hipódromo da Gávea. Em 1979, Aporé, filho de Egoísmo e Luzon, de criação e propriedade dos Haras São José e Expedictus, ganhou de ponta a ponta, e aumentou ainda mais a minha admiração pelo bridão alagoano. E, três anos depois, em 1982, com Gourmet, de criação e propriedade do Haras Ipiranga, no dia do meu aniversário, 1º de agosto, mais uma vez de bandeira a bandeira, como diria o Roberto Casella, ele me ajudou a soprar as velas do bolo com uma pule de cem.
Poucos meses depois, já formado na faculdade de jornalismo, entrei para o Jornal do Brasil, e, ao lado do inesquecível jornalista, Marcos Ribas de Faria, o eterno Escorial, comecei a dar os primeiros passos na cobertura do turfe carioca. Eram os tempos de domínio do Haras Santa Ana do Rio Grande, do saudoso, José Carlos Fragoso Pires. E, numa quinta-feira, logo depois de escrever pequena e singela matéria sobre o velocista Vida Mansa, que havia batido o recorde de vitórias para a coudelaria, ele me fez gentil convite para passar um dia no Haras, em Bagé.
No jornalismo, como em toda a vida, é preciso ter sorte. Tem gente que não acredita. Passei todo um dia em Bagé, na companhia do Doutor José Roberto Taranto, e, do Flávio Geo, na época ainda seu auxiliar. E, três dias depois, no domingo à tarde, a tordilha, Anilitè, montada por Adail Oliveira e com treinamento do Parrudo, Alcides Morales, ganhou o GP Brasil. Na segunda-feira eu era um único jornalista com matéria sobre todo o haras, adquirido por ele, junto a Fazenda Mondesir, criador da ganhadora da maior prova de turfe do país. Falei da estrutura, do veterinário do haras, o saudoso, Jorge Morgado, e, até sobre a localização do túmulo do Waldmeister. Gol de bicicleta, com a foto da égua, em oito colunas no JB.
Em 2014, o triunfo de Bal A Bali, montaria de Vagner Borges, e preparo de Dulcino Guignoni, também me proporcionou vibração no aspecto profissional. Porém, houve influência do aspecto afetivo na euforia. Trabalhava como agente de montarias do Borges, e, o triunfo do defensor do Stud Alvarenga, criado no Haras Santa Maria de Araras, trouxe expressivo retorno neste novo ramo. Ganhar corridas com o Ricardinho era moleza. Mas, depois de ter um aprendiz recordista de triunfos na escolinha do JCB, ele ganhar um páreo tão importante foi bem legal. Coisas da vida.
Os outros dois GPs Brasil do meu caderninho tiveram inegável torcida passional. O treinador e o jóquei, João Luiz Maciel e Jorge Ricardo, eram as amizades mais sólidas que tive a oportunidade de fazer nestes 40 anos de jornalismo cobrindo corridas de cavalos, e, cavalos de corrida. João Maciel e Jorge Ricardo, juntos, era um verdadeiro arrastão. Apaixonados pela profissão, inteligentes, talentosos e predestinados. A confiança de ambos, exercendo as suas funções, levou o Stud TNT, a uma trajetória de sucesso absurda e devastadora. Falcon Jet abriu os caminhos de Jorge Ricardo, que ganhou o GP Brasil, todo sujo de lama, em 1992. E, Much Better, um campeão de valor inestimável, foi o melhor cavalo de corrida que ele montou. Um cara com 13.258 vitórias. Saudade eterna de João Maciel, que nos deixou cedo, com apenas 33 anos.
E o GP Brasil de 2023? Tem um palpite? Eu vou torcer por Jet Class, do Stud Instante Mágico. O Venâncio Nahid tem intimidade com este páreo. E, por incrível que pareça. Nunca ganhou com Ricardinho. O jóquei que mais páreos obteve sucesso para ele em sua vitoriosa carreira. É possibilidade matemática. (Raia Leve – Páreo Corrido, por Paulo Gama)