Nova fase de operação contra jogos de azar e rifas ilegais bloqueia R$ 1 milhão de influenciadores do Acre
Pelo menos mais quatro influenciadores viraram alvos da Polícia Civil por divulgarem jogos de azar e rifas ilegais no Acre. Nesta terça-feira (23), equipes policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão na casa dos investigados, em Rio Branco, e apreenderam dois veículos, smartphones, notebook, tabletes e o bloqueio de valores em contas bancárias dos suspeitos.
Os mandados foram cumpridos em mais uma fase da Operação Jackpot. Os investigados tiveram até R$ 1 milhão bloqueado pela Justiça.
Em março deste ano, durante a primeira fase, os alvos das investigações foram da ação 17 influenciadores digitais, entre eles Rogéria Rocha, Juliana Vellegas, conhecida como Juh Vellegas, Jéssica Ingrede, o marido Jordson Ferreira da Silva, e Jamila Roysall.
Nessa nova fase, uma das investigadas é a empresária Dâmaris Nepomuceno, conhecida na capital acreana pela produção e venda de bolos caseiros, e Natacha Silva, que se apresenta como jogadora e tem vários vídeos divulgando jogos de azar.
Em uma rede social, Natacha chegou a debochar da investigação e disse que iria comprar um novo telefone após o seu ser levado pela polícia. “Vou ali comprar um 15 Pro Max novo. Levaram o meu pra investigação! Já já eu volto e esclareço tudo como aconteceu. Meu direct lotado e tô (sic) sem Wpp [WhatsApp] por enquanto!”.
Ao g1, Dâmaris Nepomuceno disse que não vai se manifestar sobre a operação. A reportagem aguarda retorno de Natacha Silva.
O casal Davi de Alencar Elias, conhecido como Davizerapremiações, e Yngredy Santos de Almeida são os demais investigados. Eles costumam divulgar rifas pelas redes sociais seriam os demais investigados. Juntos, os quatros investigados acumulam mais de 78,5 mil seguidores.
Além da apreensão dos bens materiais, a Polícia Civil divulgou que pediu o sequestro de bens comprados com recursos ilícitos.
O delegado Igor Brito, responsável pelas investigações, destacou que o objetivo da operação é também prevenir a disseminação das atividades ilícitas.
“O combate ao jogo ilegal é uma das prioridades das autoridades, visando garantir um ambiente seguro e dentro da lei para todos os cidadãos acreanos”, resumiu. (g1 AC — Rio Branco)