Preso nesta terça-feira, Marcello Crivella defendia a legalização dos cassinos resorts

Blog do Editor I 22.12.20

Por: Elaine Silva

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Sheldon Adelson, com o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, segundo da esquerda (Foto: Jewish Telegraphic Agency)

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), foi preso na manhã desta terça-feira (22). Agentes da Polícia Civil e do Ministério Público (MPRJ) estiveram na residência do político no condomínio Península, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Seis mandados de prisão foram cumpridos e um continua em aberto, porque o alvo não foi encontrado em sua residência.

Marcello Crivella passou a defender a legalização dos resorts integrado em cassino, após a visita do CEO do Grupo Las Vegas Sands, Sheldon Adelson.

No dia 9 de maio de 2017, Adelson que estava acompanhado pelo embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, almoçou com o prefeito do Rio no Palácio Guanabara, sede da prefeitura. O bilionário dos cassinos apresentou o plano de investimentos do Grupo Las Vegas Sands, caso o Brasil decidisse legalizar apenas os resorts integrados.

Nos encontros, o empresário Sheldon Adelson prometeu investir US$ 8 bilhões no Brasil. A ideia do bilionário americano era fazer um complexo nos moldes do de Macau, na China.

O prefeito do Rio sempre disse em entrevistas que de todas as políticas públicas apresentadas ao setor, a mais importante era a do cassino. E em várias ocasiões, ele citou o modelo de Cingapura e o presidente do Las Vegas Sands Group, Sheldon Adelson.

Em entrevista ao O Globo (17.12.18) o prefeito Crivella comentou que gostaria de ajudar o presidente eleito Jair Bolsonaro na aprovação no Congresso Nacional de uma lei que permitisse a abertura de um empreendimento do bilionário americano Sheldon Adelson. Segundo ele a proposta seguiria os moldes do que o magnata construiu em Cingapura.

“Eu sou contra o vício, mas eu sou contra a miséria, sou contra o desemprego, sou contra a estagnação da nossa economia. Vendo a nossa juventude terminando o curso escolar e não encontrando lugar para trabalhar. O Congresso vai decidir e se houver uma licença. Não é abrir o jogo em toda esquina, não estamos falando de máquinas caça-níqueis, não estamos falando de bingo em todo lugar. Nós estamos falando de um cassino, um só na cidade do Rio de Janeiro, que tenha a capacidade de atrair milhões de turistas – disse o prefeito, na cerimônia de entrega de mil pistolas de choque a guardas municipais”.

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