Venda de maconha e cassino estão nos planos de aeroporto canadense para os passageiros

Os passageiros que passam pelo Aeroporto Internacional Pearson, de Toronto, no Canadá, poderiam comprar cannabis e até jogar caça-níqueis num cassino em pleno saguão. Isso se a proposta da administração aeroportuária para geração de receita for aprovada pelas autoridades locais.
De acordo com o noticiário canadense CBC, a Greater Toronto Airports Authority (GTAA) contratou uma lobista profissional para convencer o poder público a aprovar as novas vias de geração de caixa. Clare Michaels diz que quer estabelecer discussões sobre as várias questões centrais que afetam o aeroporto, mesmo aquelas atividades não relacionadas à aviação, como estabelecimentos para vendas de alimentos, bebidas, cannabis e jogos.
A agente de relações institucionais pretende marcar reuniões para discutir a viabilidade de lojas de varejo de cannabis nos terminais de passageiros, também sobre oportunidades de jogos e a possibilidade de expandir os serviços de bebidas alcoólicas no aeroporto.
Riscos
Em 2018, o Canadá se tornou o segundo único país a legalizar totalmente a maconha para uso recreativo em todas as províncias e territórios. Como tal, não há qualquer impedimento para passageiros comprarem a erva e mantê-la em sua posse ao voar no país. A Air Canada, no entanto, avisa aos clientes que isso pode ser um negócio arriscado porque os voos às vezes precisam desviar para os Estados Unidos, onde o porte da erva ainda é proibido a nível federal.
A Agência Canadense de Fronteiras e Serviços também tem uma política de ‘Não traga. Não retire ‘para passageiros internacionais. A GTAA se recusou a comentar as especificidades de seus novos planos de geração de receita, mas um porta-voz disse à rede de TV CBC que “continua a procurar opções para diversificar suas fontes de receita e fornecer uma experiência de passageiros de classe mundial, competitiva com outros aeroportos internacionais.”
As finanças de Toronto Pearson foram fortemente impactadas pela pandemia do COVID-19 e as contínuas restrições de viagem continuam afetando o setor de turismo do Canadá. (AeroIn – Fabio Farias)