26 de maio Dia do Revendedor Lotérico

Lotérica I 26.05.12

Por: sync

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Prezados (as) amigos(as) lotéricos (as),

Nesta semana, no dia 26 de maio, comemora-se o Dia do Revendedor Lotérico. Não temos muito que comemorar neste dia, mas temos que reconhecer que somos lutadores, guerreiros. Por isso, o SINCOEMG tem o prazer de parabenizar a todos.

Nossa luta é diária. Lutamos dia a dia para termos uma vida digna e sermos valorizados pela Caixa Econômica Federal, ou seja, perceber uma remuneração mais justa, que nos dê condições de sobrevivência.

A única saída, a solução para a melhoria da classe lotérica, é o aumento da comissão que está estagnada há anos, pois a comissão que os empresários lotéricos recebem é pequena e injusta diante da qualidade dos serviços prestados para a Caixa e para a sociedade.
Prezados lotéricos, vamos nos empenhar juntos para defendermos nossa classe. Só com a força da nossa união é que poderemos mudar este quadro triste que estamos vivendo.
O sindicato existe para defender os interesses da classe lotérica e lutar com vocês. Sozinho, o SINCOEMG não conseguirá alcançar os verdadeiros objetivos da categoria.
Precisamos com urgência de melhoria no percentual de comissão, da implantação do bolão nas máquinas, do respeito à classe e da valorização dos serviços prestados pelos lotéricos.

Se nada mudar, a tendência é a alta rotatividade de empresários lotéricos e a falência de muitos outros.

O SINCOEMG, preocupado com a atual situação da classe lotérica, enviou uma correspondência para a presidenta Dilma Rousseff pedindo apoio. Em anexo, segue cópia dessa correspondência na íntegra.

Parabéns lotéricos(as)!

Abraços,
Marcelo Gomes de Araújo

Presidente do SINCOEMG

Carta enviada à presidente Dilma Rousseff (clique aqui)

Fale com a Presidenta (clique aqui)

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Carta enviada pelo SINCOEMG para Presidente Dilma Rousseff

Belo Horizonte, 18 de abril de 2012.

À

Excelentíssima Presidenta da República Federativa do Brasil

Sra. Dilma Vana Rousseff

Senhora Presidenta,

O SINCOEMG – SINDICATO DAS EMPRESAS LOTÉRICAS, COMISSÁRIOS E CONSIGNATÁRIOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS, neste ato representado por seu Presidente, Sr. MARCELO GOMES DE ARAÚJO, vem, perante V. Exa., expor o que se segue.

Inicialmente, convém destacar o reconhecimento de todos os brasileiros de que o exercício de seu mandato tem se pautado de maneira intangível pelo foco no desenvolvimento social da imensa nação brasileira. O compromisso de sua administração, bem retratado na marca adotada pelo Governo “BRASIL – PAÍS GRANDE É PAÍS SEM POBREZA,” se faz sentir em ações, voltadas ao desenvolvimento e à proteção das camadas menos favorecidas da sociedade.

A melhoria da renda deste seguimento da população é hoje um fato notório e incontestável.

Por tudo isso, os empresários lotéricos de Minas Gerais, aqui representados por seu Sindicato, têm a grande satisfação de poder expressar através destas palavras, nosso orgulho de participar ativamente deste contexto.

Apenas se pode falar em cidadania e democracia quando se permite que todos os membros de uma sociedade possam usufruir dos bens e serviços que a economia lhes disponibiliza.

E, nessa linha, atualmente as casas lotéricas de todo o Brasil representam um importante agente nesse processo de inclusão das camadas menos favorecidas dentro da economia e do mercado.

É por demais sabido que a maioria da população brasileira não tem acesso a serviços bancários junto a instituições financeiras. Isso ocorre pelos mais variados motivos, que vão desde a inexistência de agências próximas às suas residências, passando pelas dificuldades das pessoas mais simples em firmar contratos (diante das inúmeras exigências dos bancos), até os custos com manutenção de uma conta em uma instituição desta natureza.

Nesse cenário, as casas lotéricas de todo o país – que hoje somam mais de 10.000 (dez mil) – têm um papel fundamental.

É por meio das casas lotéricas que quase cem por cento da população brasileira recebe benefícios sociais (seguro desemprego, bolsa família, bolsa escola), saca o FGTS, e paga suas contas domésticas (água, luz, IPTU, etc).

Não fossem as casas lotéricas, seria impossível a grandes parcelas da população ter acesso a esses serviços básicos e essenciais.

Caso as casas lotéricas não estivessem trabalhando como correspondentes bancários da própria CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, a mesma não teria conseguido reduzir seus custos e, assim, não poderia agora estar contribuindo com a campanha do Governo Federal no sentido de buscar baixar os juros bancários, por meio de uma concorrência mais acirrada com os bancos privados.

Além desses relevantes e imprescindíveis serviços, os jogos da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL também são importantes fontes de recursos para a previdência e assistência social, além de fomentarem o sonho de milhares de pessoas de uma vida melhor.

Apesar de tudo isso, ou seja, não obstante estejamos convictos de que as casas lotéricas tornaram-se essenciais para grandes parcelas da sociedade brasileira, notadamente para aquelas menos favorecidas, infelizmente a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL não tem reconhecido o valor e a importância dos empresários lotéricos, lançando os mesmos em situação de penúria e inviabilidade – o que, em ultima análise, ocorre em prejuízo exatamente da parcela da população que deveria estar sendo beneficiada.

As comissões pagas pela CAIXA em razão de jogos e serviços prestados são insuficientes para pagar os custos da atividade, e ainda garantir a sobrevivência dos lotéricos. A FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA) realizou substancial estudo, a pedido da própria CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, comprovando tais fatos (cópia anexa).

Além disso, a categoria é vítima de assaltos quase diariamente, levando consigo recursos e vidas (tanto dos lotéricos e dos seus empregados, como até mesmo de clientes). Seria necessário que fossem disponibilizados serviços de segurança nas casas lotéricas, dados os elevados montantes de recursos que lá tramitam diariamente, mas os lotéricos não têm como custear tais serviços. E a CAIXA, mesmo onde a legislação dos municípios assim impõe (como ocorre, p.ex., em Belo Horizonte), recusa-se a fazê-lo.

Ou seja, o que está em jogo não é simplesmente a continuidade de uma “casa lotérica”, mas sim de um posto avançado de relevantes serviços sociais, que atende exatamente à parcela menos favorecida da população, que está sendo gravemente atingida pela postura equivocada da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL.

As comissões pagas devem ser revistas imediatamente, como forma de manter o negócio “casa lotérica” viável. Da forma como está sendo feito, os empresários lotéricos continuarão sendo “empurrados” para a bancarrota, em detrimento exatamente daqueles que deveriam ser atendidos pelos relevantes serviços que prestam, aqueles mais necessitados, que não têm acesso a serviços bancários e sociais, senão na rede lotérica.

Senhora Presidenta, com todo respeito, precisamos e confiamos em sua pronta intervenção, a fim de que a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL atenda nossas reivindicações, inteiramente legítimas.

Em visita recente ao Exmo. Prefeito de Belo Horizonte, Sr. MÁRCIO ARAÚJO DE LACERDA, expusemos a ele nossas dificuldades, e foi dele a sugestão desta mensagem. Destacou o eminente Prefeito as qualidades e a sensibilidade social desta Presidenta, que decerto não deixará de se posicionar diante de um quadro tão grave, e de tão grandes proporções sociais.

Antecipadamente, Senhora Presidenta, os lotéricos de Minas Gerais e de todo o Brasil, muito lhe agradecem, e esperam contar com seu valiosíssimo apoio nesta relevante questão.

À disposição para os esclarecimentos e providências que se fizerem necessários, renovamos nossos elevados votos de estima e consideração.

Marcelo Gomes de Araújo

Presidente do Sincoemg – Sindicato das Empresas Lotéricas, Comissários e Consignatários do Estado de Minas Gerais.

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