Febraban nega ter atuado contra MP do IOF e critica ação de fintechs e bets

Apostas I 09.10.25

Por: Elaine Silva

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Câmara dos Deputados retirou de pauta a Medida Provisória com alternativas ao aumento do IOF e inviabilizou a apreciação

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirmou, por meio de nota, que não atuou contra a MP (Medida Provisória) alternativa ao aumento do IOF, enterrada pela Câmara dos Deputados na quarta-feira (8).

A entidade afirmou que grandes fintechs trabalharam para derrubar o texto, que aumentaria a CSLL (Contribuição sobre o Lucro Líquido) dessas instituições.

“Fintechs, bem mais lucrativas e com maior base de clientes do que grandes bancos, trabalharam contra a MP e se posicionaram contra a equiparação da alíquota da CSLL”, diz a nota da Febraban. “Fintechs, aliás, que se utilizam de estratégias de planejamento tributário para reduzir o pagamento de impostos no Brasil.”

A Câmara aprovou um requerimento retirando de pauta a votação da MP, o que efetivamente enterra o texto, que teria de ser apreciado até quarta por deputados e senadores para não perder a validade.

A ação foi uma derrota para o governo, que contava com medidas de arrecadação do texto para fechar o Orçamento de 2026.

Entre as medidas, a MP previa um aumento na alíquota da CSLL de fintechs, que de 9% passariam a pagar entre 15% e 20%, a depender do seu porte. Os bancos já pagam 20%.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, os líderes do PL e União Brasil – ambos partidos que votaram contra a MP – chegaram a apresentar destaques ao texto, para retirar o artigo que aumentava a CSLL das fintechs.

Na nota, a Febraban afirma que as bets também se opuseram firmemente à MP, cuja versão original previa um aumento na tributação das empresas de aposta online. Esse trecho chegou a ser derrubado pelo relator, Carlos Zarattini (PT-SP), em uma tentativa para chegar a um acordo e votar a medida.

“A Febraban, desde a edição da MP, manteve diálogo construtivo com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com lideranças do Congresso”, diz a nota.

“A única preocupação manifestada pela entidade foi com o impacto da taxação das letras de crédito rural e imobiliário (LCA e LCI), mas, mesmo assim, não houve atuação contra a MP.” (Com informações da CNN Brasil)

 

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