Influenciador e três parentes são indiciados por suspeita de movimentar mais R$ 695 mil com rifas digitais ilegais
Um influenciador digital de 22 anos e três parentes foram indiciados por suposto envolvimento com a realização de rifas digitais. A ação é considerada ilegal por não ter a autorização da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia (Secap/ME). Os quatro suspeitos têm idades entre 20 e 30 anos e movimentaram mais R$ 695 mil com as atividades.
Os crimes dessa natureza estão sendo investigados desde março deste ano pela na Operação Ostentação. Segundo a Polícia Civil, o influenciador, que não teve o nome divulgado, tem cerca de 70 mil seguidores e usava as redes sociais para realizar os sorteios. Dessa forma, teria praticado 27 contravenções de loterias não autorizadas, além de se envolver com dois jogos de azar.
Ele recebeu o montante como lucro das rifas digitais e pelo menos R$ 397,8 mil teriam passado por lavagem de dinheiro, conforme o delegado Rodrigo Saud Anturiano, da 4ª Delegacia de Polícia de Palmas.
Com o dinheiro arrecadado de forma ilícita, o suspeito teria aberto sociedade com uma irmã e a esposa. Além disso, foram descobertas movimentações de dinheiro e que uma tia do influenciador teria sido usada como ‘laranja’ para a compra de um carro de luxo.
“Juntos, praticaram mais de cinquenta atos tipificados como lavagem de capitais, tais como múltiplas transferências bancárias e aquisição de bens de luxo”, explicou o delegado.
Apreensões
Agentes da 4ª DP, com apoio da Delegacia de Combate a Crimes Rurais e Abigeato (Deleagro) cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do suspeito no dia 22 de setembro deste ano.
No local havia R$ 14 mil em espécie, um carro Audi RS3 avaliado em R$ 144 mil, um jet ski, dois smartphones iPhone 14 Pro Max e relógios, que somados aos valores encontrados nas contas bancárias somam R$ 692.237,47.
Alerta sobre o esquema
Segundo delegado Rodrigo Saud Anturiano, o esquema de rifas pela internet atraem apostadores com ‘armadilhas’, já que ou perdem tudo ou não conseguem sacar o que ganham.
“O fato de os influenciadores relacionarem casas de apostas com o luxuoso estilo de vida que ostentam nas redes sociais, revela-se a crueldade do investigado com seus fãs/seguidores que, por acreditarem nele, perdem o pouco dinheiro que têm nestes portais de apostas ilícitos”, alertou a autoridade, sobre a atuação do suspeito nas redes sociais.
O inquérito foi concluído e será enviado ao Poder Judiciário e Ministério Público, para as providências do caso. (Por g1 Tocantins)
