Seria oportuno apresentar o Brasil real ao jornalista que escreveu o editorial do Estadão

Blog do Editor I 16.09.21

Por: Magno José

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Seria oportuno apresentar o Brasil real ao jornalista que escreveu este editorial. Será que ele acredita mesmo que a operação dos jogos no país vai começar a partir da legalização dos jogos pelo Congresso Nacional?

Todas as vezes que a legalização dos jogos volta a pauta do Congresso, o jornal O Estado de São Paulo publica um editorial contrário ao processo. Nesta quinta-feira (16), a opinião manifestada no texto ‘A obstinação dos arautos da jogatina’ não foi diferente.

O jornal paulista, que sempre se coloca com frequência na vanguarda do atraso e do conservadorismo, emite a seguinte opinião ao final do texto:

“Ao fim e ao cabo, a legalização dos jogos de azar só fará bem aos lobistas, aos criminosos e aos interessados em explorar a dependência dos cidadãos em benefício próprio. Até aqui, a sociedade, de alguma forma, soube se resguardar desse retrocesso. O bom senso e o espírito público da maioria dos parlamentares devem continuar a prevalecer sobre a persistência das forças poderosas que sustentam um projeto perigoso desde a origem”.

A pergunta que fica é: em que país os editores do Estadão vivem? Será que eles acreditam mesmo que a operação dos jogos no Brasil vai começar a partir da legalização dos jogos pelo Congresso Nacional?

O Brasil tem a maior oferta de jogos não regulados do mundo através das operações de bingos, salas de máquinas, jogos de cassinos online, jogo do bicho e cassinos e das apostas esportivas, que estão na zona cinzenta.

Seria oportuno apresentar o Brasil real ao jornalista que escreveu este editorial.

O debate sobre a legalização do jogo no Brasil não deve ser somente sobre investimentos, receitas de novos impostos, nem os milhares de empregos. Esses argumentos são óbvios e já não estão mais em debate. O verdadeiro desafio do Legislativo é a criação e o estabelecimento de leis e regulamentos, que permitam aos cidadãos exercerem seu desejo de jogar sob os olhos atentos de regras claramente definidas pelo Estado e sua efetiva aplicação.

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