Vereador Alexandre Aleluia comenta sobre proposta da Fatal Model ao Vitória
Com a polêmica surgida em torno da proposta da Fatal Model de compra dos direitos do nome do Esporte Clube Vitória, além do naming rights do Estádio Barradão, o vereador Alexandre Aleluia (PL) comentou sobre a situação do rubro-negro. “Se eu fosse torcedor do Vitória, nem queria ouvir falar de uma proposta dessas”, disse o edil, que há cerca de 20 dias apresentou um projeto de lei que autoriza a venda do naming rights de patrimônio da Prefeitura de Salvador, mas proíbe a participação de sites de acompanhantes, de jogos de azar.
O vereador diz que “o dinheiro não pode ditar os rumos da sociedade” e que “há coisas que são sagradas e não podem ser colocadas à venda”. Aleluia, entretanto, diferencia as situações: “cabe um projeto para a questão da outorga onerosa de direito de nomeação para equipamentos e bens públicos da prefeitura, mas o Vitória é uma instituição particular e essa questão não passaria por sancionar uma lei”. Segundo o vereador do PL, bastaria o “bom senso” para a recusa da proposta.
No projeto de lei que ele apresentou em 7 de novembro, o artigo 6º aponta que “ficam expressamente vedadas a celebração de contratos de Cessão Onerosa de Direito de Nomeação (CODIN) com casas de jogos de azar e apostas, sites de relacionamento adultos e quaisquer outros estabelecimentos comerciais que firam a moral coletiva e a ordem pública, atentando contra os princípios e valores éticos estabelecidos na legislação vigente e na moral coletiva da sociedade”.
Embora tricolor, o vereador Alexandre Aleluia diz que o Vitória tem um nome que faz parte da história dos baianos e que, por esse motivo, não deveria ser associado a um site de relacionamentos. “O nome do Vitória, pelo que representa, não deveria ser colocado para uma proposta dessas. Se eu fosse Vitória, não ficaria feliz”, disse o vereador.
No projeto apresentado na Câmara Municipal de Salvador, em que propõe a regulamentação dos contratos de Cessão Onerosa de Direito de Nomeação, Aleluia justifica que ela visa “atender às demandas de recursos financeiros do município, promover exploração econômica do espaço público e fomentar parcerias com o setor privado”. Ele considera que a prática é salutar tanto no setor público como no privado, mas faz a ressalva quanto à preservação de entidades e equipamentos que tenham valor histórico e religioso na sociedade. (BNews)
