Análise: Sites de apostas esportivas deveriam criar regras para temas sensíveis como publicidade e embaixadores

Apostas I 24.06.22

Por: Magno José

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Tramitação do projeto de proibição de pagamento das apostas esportivas vai demorar
Mesmo sem a regulamentação do governo, as plataformas deveriam seguir o exemplo de mercados amadurecidos e estabelecer uma autoregulação de temas sensíveis

A Betfair anunciou nesta quinta-feira (23) Ronaldo Nazário como embaixador da marca no Brasil. A escolha do Ronaldo ‘Fenômeno’ seria um golaço se o Ronaldo Luís Nazário de Lima não fosse dono da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Cruzeiro e de 51% do Real Valladolid da Espanha.

Este é um dos problemas da falta de regulamentação das apostas esportivas no país, pois não existem parâmetros para contratação pelas plataformas de embaixadores para representar e dar publicidade a suas marcas.

Casas de apostas que dependem de resultados de partidas esportivas podem contratar atletas em atividades ou donos de clubes para representar suas marcas? Tenho dúvidas!

Mas existe uma linha muito tênue para definir se atletas ou empresários que podem decidir o resultado de uma partida tem o direito de serem embaixadores ou garotos propagandas de marcas de sites de apostas esportivas.

Mesmo sem a regulamentação do governo, as plataformas deveriam seguir o exemplo de mercados amadurecidos e estabelecer uma autoregulação de temas sensíveis como patrocínios, embaixadores, jogo responsável, entre outras questões.

Apesar de todos os esforços dos técnicos do governo em corrigir a legislação e agilizar a regulamentação das apostas esportivas, a política foi contaminada pela questão religiosa impedindo a criação e o estabelecimento de regulamentos, que permitam aos cidadãos exercerem seu desejo de jogar sob os olhos atentos de regras claramente definidas pelo Estado e sua efetiva aplicação.

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