Bernardo Mello Franco publica no O Globo texto com equívocos e omissões sobre a legalização dos jogos
Sob o título ‘Carnaval começou mais cedo para o lobby da jogatina’ o colunista do jornal O Globo comporta-se como a Dona Santinha do Século XXI para defender as teses surradas dos evangélicos contra a legalização dos jogos, inclusive usando a palavra ‘jogatina’ como os opositores da Turma da Jogatina se refere aos jogos de apostas.
O texto é preconceituoso, impreciso, parcial e leviano principalmente quando se refere a uma nota técnica da Procuradoria-Geral da República de 2016.
O jornalista desconhece ou ignora que os deputados do Grupo de Trabalho do Marco Regulatório dos Jogos, criado para atualizar o texto que foi aprovado pelo Plenário da Câmara, promoveu reuniões com o procurador-Geral da República, Augusto Aras, Polícia Federal, Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF, Ministério da Economia e Receita Federal e, em nenhum momento, os representantes destes órgãos foram contrários a legalização dos jogos. Pelo contrário, várias sugestões contidas no texto foram a partir de sugestões dos técnicos destes órgãos.
Outra acusação leviana é com relação a afirmação do ministro da Economia, Paulo Guedes: “Na célebre reunião de abril de 2020, o ministro Paulo Guedes debochou da preocupação com os velhinhos: “Deixa cada um se f… do jeito que quiser. Principalmente se o cara é maior, vacinado e bilionário. Deixa cada um se f…, pô!”.
Leviano porque ignorou no seu texto o que o ministro afirmou antes da frase citada acima: “o cara é maior, vacinado e bilionário” e não “velhinhos” como informa o texto e o complemento da frase “Não tem… lá não entra nenhum, lá não entra nenhum brasileirinho. Não entra nenhum brasileirinho desprotegido”.
Somente por conta destes dois fatos, o jornalista não tem credibilidade para criticar a aprovação pela Câmara do PL 442/91, que legalizou cassino, bingo, jogo online e jogo do bicho. Com isso, acaba de ser nomeado como o mais novo membro da ‘Turma da Jogatina’.