Como alteração na Mega-Sena engordará os cofres do Ministério do Esporte
Desde o fim de agosto, a Mega-Sena passou a ter três sorteios por semana, de acordo com informação da Caixa Econômica Federal. Anteriormente, eram dois concursos semanais, às quartas e sábados — com exceção de semanas especiais, em que os sorteios eram realizados três vezes para adaptação de calendário. Agora, eles passam a acontecer às terças, quintas e sábados.
Uma parte (7%) de cada aposta da loteria é destinada para o setor de esportes, entre ministério, confederações e secretarias. A estimativa é que, com mais um dia de aposta, os valores possam chegar a até 15 bilhões de reais por ano. Em 2022, foi direcionado para o setor 10,9 bilhões de reais. “Esses recursos adicionais permitirão melhorias em infraestrutura, treinamento e suporte, especificamente para os esportes paraolímpicos, que recebem 0,96% deste montante, e outros esportes com baixa popularidade, que muitas vezes enfrentam desafios de patrocínio, financiamento e visibilidade”, diz Cristiano Maschio, CEO da Qesh IP, instituição de pagamento autorizada pelo Banco Central.
O Ministério do Esporte é o que recebe a maior porcentagem de repasse da Mega-Sena (2,46%), seguido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), com 1,73%, além de outras secretarias e Comitês, como o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), que recebe 0,5%. “Com o aumento dos recursos provenientes das Loterias, são criadas condições ainda mais propícias para a formação de novos talentos”, diz Vanessa Pires, diretora da Brada!, startup especializada em buscar investimentos sociais. (VEJA Economia)