“É crucial distinguir as empresas sérias e comprometidas com a conformidade regulatória”
Nas últimas semanas, o setor de Apostas Esportivas & Jogos On-line no Brasil tem enfrentado uma campanha de desgaste de imagem que merece atenção. Reportagens em diversos meios de comunicação trouxeram apenas uma visão negativa do setor, associando-o a atividades ilícitas e generalizando problemas que não representam a realidade da maioria das empresas atuantes no mercado.
É inegável que o combate ao crime organizado é uma questão urgente e fundamental para o Brasil. No entanto, ao colocar todas as empresas do setor sob o mesmo holofote, essas matérias criam uma percepção equivocada sobre o setor de Apostas & Jogos. É crucial distinguir as empresas sérias e comprometidas com a conformidade regulatória das que podem estar envolvidas em atividades ilegais.
O setor regulado tem regras específicas de atuação de casas de apostas, que começarão a valer a partir de 1º de janeiro. Importante destacar que as leis pré-existentes no país continuam válidas para este setor. Assim, práticas ilegais devem ser coibidas e, uma vez comprovadas em processo, os envolvidos devem ser punidos. A regulação é crucial para distinguir os grupos criminosos daqueles que desejam oferecer serviços legítimos de apostas e jogos.
O Brasil está em um momento crucial de regulação do setor, que, se bem conduzido, tem o potencial de se tornar um exemplo global de mercado confiável e seguro. Regulamentações bem estruturadas garantirão a segurança dos brasileiros e fortalecerão a integridade do mercado, criando um ambiente favorável para investimentos e geração de empregos e afastando as atividades criminosas.
Este setor terá um papel importante na economia, contribuindo significativamente para a arrecadação de impostos federais. Para que esse potencial se realize plenamente, é necessário que as discussões sobre o mercado sejam equilibradas e informadas. A experiência dos principais mercados internacionais demonstra que a regulamentação é a chave para o crescimento sustentável do setor:
– Inglaterra e Itália: Aumento significativo na arrecadação de impostos e na criação de empregos.
– Austrália e Estados Unidos: Crescimento do mercado com melhor proteção ao consumidor.
– Canadá e Holanda: Modelos de regulamentação que promovem práticas de jogo responsáveis.
A Todos Querem Jogar (TQJ), empresa da qual o Grupo Silvio Santos faz parte, não aspira ser a #1 em participação de mercado, mas sim a #1 em jogo responsável e na satisfação coletiva dos apostadores e jogadores brasileiros. As empresas do setor devem liderar um diálogo construtivo que foque no desenvolvimento de um mercado transparente, confiável e seguro para todas as famílias brasileiras. Somente assim será possível construir um futuro promissor para o setor de Apostas & Jogos no Brasil.
(*) Leonardo Gadelha Sampaio é Diretor de Inovação do Grupo Silvio Santos e coordena o projeto ‘Todos Querem Jogar (TQJ)’ e veiculou o artigo no Linkedin.