Patrocinadora da FURIA, FTX dá entrada em pedido de falência e retira marca do uniforme da equipe de CS:GO
Um dos maiores times de eSports (jogos online) do Brasil, a Furia, tirou a companhia FTX, empresa global do ramo de criptomoedas, de sua camiseta. O Co-CEO da equipe, Andre Akkari, publicou no twitter na última sexta-feira (11) que após uma conversa com os patrocinadores ficou decidida a suspensão do contrato com a empresa.
Em publicação, ele afirmou que: “A Furia acompanha com atenção as atividades de todos os seus parceiros, sempre atenta na possibilidade de poder contribuir com eles, mas priorizando a nossa torcida, o nosso fã!”
De acordo com Akkari, o objetivo da ação está em evitar que a fase atual da FTX prejudique qualquer torcedor. “A Furia segue valorizando nossos fortes parceiros e promovendo-os, porém, sempre priorizando nossos fãs a qualquer custo”, disse.
Ainda não há informações se houve um atraso no pagamento do patrocínio. A Furia fechou um contrato no valor de R$ 15 milhões com a FTX em 21 de abril de 2022. Trata-se do maior patrocínio da história dos esportes eletrônicos no Brasil, com valores equivalentes aos recebidos por times da Série A do Campeonato Brasileiro, com a marca sendo exibida no uniforme das equipes em todas as modalidades.
O movimento ocorreu no mesmo dia que a companhia de criptoativos pediu falência nos Estados Unidos e seu fundador, Sam Bankman-Fried, renunciou ao cargo de CEO.
FTX
O time brasileiro de eSports assinou um acordo com a FTX em abril deste ano. Falando ao Esports Insider, a FURIA confirmou que a FTX pagou aproximadamente US$ 3,2 milhões pelo contrato de um ano.
A expansão da FTX no Brasil começou com a compra do time TSM no meio do ano. A corretora rapidamente passou a investir em equipes de Free Fire e Wild Rift dentro das regiões.
Com a FURIA, a FTX aumentou sua exposição não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos, onde o time tinha planos de expansão.
A quebra da FTX causou um efeito dominó no mercado, afetando o preço de todas as criptomoedas.
Agora, aqueles que tinham saldos na corretora devem esperar por um processo demorado para tentar reaver parte de seus investimentos, assim como aconteceu em outros casos.
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