Botafogo vai restringir uso da logomarca de bets em artigos esportivos para crianças e adolescentes

Blog do Editor I 31.10.24

Por: Elaine Silva

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Botafogo vai restringir uso da logomarca de bets em artigos esportivos para crianças e adolescentes
Torcida do Botafogo no Nilton Santos: clube vai restringir uso de propaganda de bets em artigos esportivos para crianças e adolescentes (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

O Botafogo vai restringir o uso da logomarca de patrocinadores em artigos esportivos para crianças e adolescentes. A decisão do clube atende a um pedido da Defensoria Pública do Rio. O objetivo é eliminar a propaganda de sites de apostas — as chamadas bets — em camisas e outros produtos esportivos destinados a torcedores menores de 18 anos.

A solicitação foi enviada, em 1º de outubro, aos quatro maiores clubes de futebol do Rio pela Coordenação de Infância e Juventude (CoInfância) e pelo Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da Defensoria Pública.

Segundo o órgão, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) que administra o Botafogo informou que as camisas sempre foram vendidas em lojas físicas e virtuais sem logomarca, ficando a critério do consumidor inserir ou não a marca do patrocinador. Mas, a partir de agora, de acordo com o clube, a opção não estará mais disponível para produtos vendidos para crianças e adolescentes.

Ainda segundo informações prestadas pelo Botafogo à Defensoria Pública, a restrição se aplicará a todos os produtos disponíveis, incluindo modelos de coleções anteriores, e a todos os canais de vendas, sejam físicos ou on-line.

Proteção à infância e à juventude
“A Defensoria recebeu com satisfação a medida adotada pelo Botafogo para fazer cumprir a legislação que protege a infância e a juventude”, disse Rodrigo Azambuja, coordenador de Infância e Juventude (CoInfância).
A Defensoria Pública informou que ainda tenta chegar a um entendimento com os outros clubes.

“O não atendimento à nossa recomendação pode levar a questão ao Poder Judiciário, mas o que se espera de todos os clubes é o cumprimento da lei e a sensibilidade e a observância de sua função social de integrar e educar pelo esporte”, completou Azambuja.

Ainda de acordo com a Defensoria Pública do Rio, Flamengo, Vasco e Fluminense ainda não se manifestaram sobre o assunto. (Extra Economia)

 

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