Bradesco inclui o hábito de apostas em análise de crédito
A explosão das plataformas de apostas no Brasil trouxe não apenas um mercado em expansão, mas também um desafio financeiro para muitas pessoas. Para alguns, a frequência e o volume das apostas começaram a representar uma parcela considerável da renda mensal. Esse comprometimento, por sua vez, gera consequências diretas no relacionamento com instituições financeiras.
O hábito de apostar, que antes parecia inofensivo ou até mesmo recreativo para muitos brasileiros, está agora no radar do sistema bancário. Com a crescente popularidade das apostas esportivas e de jogos online, uma nova realidade surge: o impacto direto desses hábitos no crédito pessoal.
Depois de notar o aumento do fluxo financeiro para as contas das bets, somando fatias relevantes da renda do cliente pessoa física, o Bradesco decidiu incluir volumes e frequência de apostas entre os itens de seu score de crédito. Outros grandes bancos estudam fazer o mesmo.
Agora, aqueles que apresentam alta frequência ou volumes significativos de transações ligadas a apostas podem ser considerados como tomadores de maior risco, o que pode impactar diretamente nas condições de crédito, como aumento de juros ou redução de limites.
A decisão do banco reflete uma preocupação crescente do mercado financeiro em monitorar o comportamento de consumo dos brasileiros. A destinação frequente de recursos para apostas esportivas pode comprometer o orçamento familiar, afetando a capacidade de honrar outros compromissos financeiros. Dessa forma, o custo do crédito para esses consumidores pode aumentar, como forma de compensar os riscos percebidos.