Estudo: Pesquisa revela que recifense costuma jogar no bicho

Jogo do Bicho I 25.08.12

Por: sync

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A pesquisa, Os Recifenses e os jogos de azar, divulgada reforça o que a observação cotidiana previa, a forte tradição entre os recifenses com o jogo do bicho. Mesmo considerado ilegal, a atividade é procurada por 41,7% dos 647 moradores da capital que foram entrevistados. A prática não é vista como crime para 65,8% dos consultados. O levantamento mostra ainda que a atividade faz parte do cotidiano, de mais de 70% dos integrantes da classe D. A classe B é a que menos aposta, com apenas 27,6% dos ouvidos pela pesquisa.

Os jogos de bicho e a exploração de máquinas caça-níqueis são considerados crimes, desde o último dia 10, e têm punições rígidas porque pode ser enquadrado como lavagem de dinheiro. As penas variam de três a dez anos de reclusão, com a possibilidade de serem elevadas em até dois terços, em caso de reincidência, ou reduzidas na mesma proporção se o acusado colaborar com as investigações.
Antes da ampliação da lei, os jogos eram considerados crimes de menor potencial ofensivo. “O levantamento coloca em discussão a legalização dos jogos. Os recifenses jogam e assumem a prática e muitos não reconhecem isso como crime”, comentou o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Adriano Oliveira. Mais de 80% dos entrevistados afirmaram que não são favoráveis à legalização.
A análise quantificou, também, a preferência em relação aos jogos da loteria da Caixa Econômica Federal. 43,1% dos entrevistados apostam em jogos de loterias. “A pesquisa tem uma margem de erro de quatro pontos, o número de pessoas que jogam na loteria e no bicho pode ser considerado o mesmo. As duas práticas têm a mesma procura”, ressalta Oliveira. (Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau – Recife – PE)
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