Febralot defende a abertura do balcão da Rede Lotérica e a inclusão digital plena do empresário lotérico

Lotérica I 16.12.24

Por: Magno José

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Febralot defende a abertura do balcão da Rede Lotérica e a inclusão digital plena do empresário lotérico
Em entrevista exclusiva ao BNLData, o presidente da Febralot, Ricardo Amado Costa falou sobre os planos e os principais desafios a frente da entidade (Foto: Agência Câmara)

Depois de vencer a eleição para presidência da Federação Brasileira de Empresas Lotéricas – Febralot, Ricardo Amado Costa conversou com o BNLData sobre os grandes desafios como a redução de receitas, concorrência com o mundo digital, franca interlocução com a CAIXA, além do novo mercado advindo da regulamentação das apostas esportivas e como os lotéricos serão inseridos nesta operação. Costa também falou sobre os planos e os principais desafios a frente da entidade que representa a Rede Lotérica.

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BNL: Qual foi a sua principal proposta da campanha para a presidência da Febralot?

Ricardo Amado Costa: Na verdade são duas propostas. A primeira é a abertura do balcão da Rede Lotérica para todos os produtos legalmente autorizados a operar e a segunda será a inclusão digital plena do empresário lotérico. Ambas são fundamentais para a viabilidade da manutenção de uma rede lotérica forte e pujante.

Vamos falar da primeira então, por que a inclusão de novos produtos é necessária para a rede lotérica?

RAC: A rede lotérica enfrenta um desafio sem precedentes, marcado pela concorrência acirrada de produtos regulados e pela morosidade na atualização do portfólio da Caixa. Para garantir nossa sustentabilidade e crescimento, é fundamental incluir novos produtos, atraindo um público diversificado e impulsionando o equilíbrio econômico das casas lotéricas, além de fortalecer nosso negócio.

Que tipo de produtos poderia serem incluídos no balcão da rede lotérica?

RAC: Todos os produtos que tenham afinidade com o nosso negócio. Podemos destacar, por exemplo, os novos jogos das Loterias Estaduais, títulos de capitalização e produtos editoriais com grande demanda, como álbuns de figurinhas e outros itens similares. Mas vale destacar que defendemos a inclusão apenas de produtos que sejam legalmente autorizados a operar.

O que é necessário para que essa inclusão de produtos seja possível?

RAC: Vamos fazer uma gestão inicial para que a Caixa entenda essa necessidade e voluntariamente autorize os lotéricos a trabalharem com esse tipo de produto. Para isso precisamos de uma classe lotérica unida, trabalhando em conjunto para fortalecer nossa rede e mostrar nossa representatividade. Somos defensores sempre do diálogo e acreditamos nele.

Por que a rede lotérica é atrativa para operadores e distribuidores?

RAC: Nossa força e capacidade de venda é extremamente desejada pelos entrantes no mercado de Loterias Estaduais, promotores de títulos de capitalização e distribuidores de produtos, que enxergam na rede lotérica um canal de vendas altamente eficiente. Não existe no Brasil uma rede com mais de 13 mil pontos de venda e que possua o engajamento da Rede Lotérica.

Qual é o objetivo final dessa proposta?

RAC: O objetivo é fortalecer a Rede Lotérica, gerar novas receitas e assegurar a viabilidade econômica que muitos lotéricos perderam de equilibrar as suas contas.

Qual é o próximo passo dessa iniciativa?

RAC: Vamos procurar a Caixa para tentar uma solução consensual, mas, se necessário, procuraremos caminhos legislativos e, inclusive judiciais se necessário. O que não vai sair do nosso radar é a urgência dele.

Agora sobre a segunda proposta defendida por sua campanha, a inclusão digital plena do empresário lotérico.

RAC: Ela é fundamental, entendemos que no crescente processo de digitalização das apostas a nossa inclusão é necessária para uma relação saudável entre a Caixa e a Rede Lotérica. A inserção das loterias no mundo digital é um caminho irreversível, porém é um equívoco alijar o lotérico desse nicho de forma plena, o nosso engajamento no Market Place comprova nosso apetite e capacidade de atuação. Precisamos ter o direito de comercializar apostas individuais e, até o novo produto, a Loteria Instantânea Exclusiva – LOTEX, cuja versão inicial exclui os lotéricos, mas existem caminhos para que a rede seja parte desse processo. A Rede Lotérica espera que a Caixa não deixe o empresário fora desse processo de transição.

Qual a sua expectativa para a entrada da Caixa no segmento de BETs?

RAC: Pessoalmente sou um entusiasta do projeto, porém aguardamos ansiosos a Caixa apresentar o modelo para vermos que quinhão ficou reservado para a rede lotérica. Temos muito a contribuir também para essa operação.

O que a Rede Lotérica deve esperar da gestão da nova diretoria da Febralot?

RAC: Contamos com o apoio de todos os mais de 13 mil empresários lotéricos brasileiros para alcançarmos juntos o fortalecimento e a sustentabilidade de nosso negócio. A eleição da Febralot já passou. Agora precisamos todos caminhar juntos. E não tenho dúvida que conseguiremos seguir com união em busca de nossos objetivos comuns.

Aproveito para desejar a todos os empresários, seus familiares e funcionários um excelente Natal e que o ano de 2025 venha cheio de conquistas.

 

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