Inteligência Artificial e redes sociais: o futuro das buscas já chegou?

Especial I 18.02.25

Por: Magno José

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Inteligência Artificial e redes sociais: o futuro das buscas já chegou?
Inteligência Artificial e redes sociais estão mudando a forma como buscamos informações. Descubra o impacto dessa revolução! (Imagem: Saradasish Pradhan no Unsplash)

Inteligência Artificial e redes sociais: o futuro das buscas já chegou?

A automatização das tarefas é uma consequência esperada para o futuro, o que naturalmente envolve as inteligências artificiais, mas poucos consideram o papel que elas já exercem nas pesquisas online.

É impossível usar espaços coletivos na internet sem esbarrar em recursos ou discussões que envolvem as inteligências artificiais. Independentemente do “lado” em que você esteja, um fato é inegável: as IA já fazem parte do cotidiano digital, e as chances são altas de que elas continuem apenas crescendo.

Aliadas a elas, as redes sociais também vêm observando sua influência crescer. Embora redes como o Facebook e o X passem por quedas, espaços como o Instagram e em especial o TikTok dominam a produção de conteúdos online. Mais do que isso, eles estão se tornando “hubs” para as pesquisas.

É sobre esse tópico específico que vamos falar hoje: a utilização das inteligências artificiais e das redes sociais como substitutas ao Google e outras ferramentas de pesquisa tradicionais. Para isso, vamos ter como base um estudo publicado pela ExpressVPN, o qual aponta usos distintos entre as gerações.

A utilização das inteligências artificiais para buscas online

Em acordo com os dados que apresenta em sua pesquisa, a ExpressVPN afirma que a Geração Z e os Millennials estão trocando o Google tanto pelas redes sociais quanto pelas inteligências artificiais, de modo que vale a pena começar explorando o lado das IA. O que elas oferecem melhor que o Google?

Dentre as razões apontadas pelos entrevistados estão dados mais contextualizados (de acordo com o tipo da pergunta que o usuário faz), informações mais diretas e a possibilidade de fazer perguntas adicionais em sequência. Não é à toa que até o próprio Google vem adotando IA em seus resultados.

Embora os jovens sejam mais receptivos ao uso das inteligências artificiais e à “troca” do Google por elas, mesmo as gerações mais antigas estão adotando ferramentas como o ChatGPT em suas buscas. Com o avanço dessa tecnologia, a tendência é que ela se torne ainda mais prevalente para as tarefas.

As pesquisas na internet a partir das principais redes sociais

Seguindo ao segundo caminho da troca do Google, chegamos às redes sociais. Aqui temos um outro lado da moeda: se com as IA os usuários buscavam respostas rápidas e um contexto maior, com sites como o Facebook, o Reddit e o TikTok, o que elas querem é a proximidade com outros usuários online.

O estudo da ExpressVPN aponta motivações como a possibilidade de perguntar coisas diretamente a outros indivíduos e o acesso a opiniões específicas. Isso é especialmente relevante no contexto da compra de produtos e da contratação de serviços e as experiências pessoais de todos os indivíduos.

Pela segunda vez, as gerações mais antigas parecem ter uma resistência “extra” em trocar o Google. Isso não significa que os mais velhos não estejam nas redes sociais, mas que eles ainda preferem deixar a tarefa em específico à uma ferramenta tradicionalmente conhecida e com resultados comprovados.

A partir de tudo o que colocamos durante o texto, uma pergunta final surge: o futuro das buscas se encontra nas inteligências artificiais ou nas redes sociais? Se o Google realmente sair de cena, qual dessas duas opções tomará o seu lugar em definitivo? A realidade é que o Google não sairá de cena.

É adequado dizer que o Google não está nem perto de morrer, mas apenas o fato de que as redes já competem com ele naquilo que é sua expertise, já é suficiente para nos fazer refletir. O que se imagina para o futuro é a integração entre os recursos, a fim de que as pesquisas fiquem ainda mais eficientes.

O impacto da personalização nas buscas com IA e redes sociais

Com a ascensão das redes sociais e das inteligências artificiais como ferramentas de busca, um aspecto fundamental entra em jogo: a personalização dos resultados.

Diferentemente do Google, que baseia suas respostas em SEO e na autoridade das páginas, as IA e as redes sociais criam filtros personalizados que podem direcionar os usuários a conteúdos que se alinham com suas preferências e históricos de interação. Isso levanta a questão: estamos acessando informações mais relevantes ou apenas aquelas que reforçam nossas bolhas informativas?

Outro fator que contribui para essa mudança no comportamento das pesquisas é a crescente valorização do conteúdo multimídia. Redes como TikTok e Instagram priorizam vídeos curtos, enquanto assistentes de IA conseguem interpretar e gerar imagens, áudios e até mesmo infográficos de maneira instantânea. Isso transforma não apenas o que buscamos, mas também como consumimos informação.

Os desafios da confiabilidade e das fake news

Se por um lado a praticidade das buscas em redes sociais e IA é inegável, por outro, a confiabilidade das informações continua sendo um ponto de atenção.

Com a falta de um processo rigoroso de verificação, conteúdos imprecisos ou enganosos podem se propagar rapidamente.

Diferente do Google, que trabalha com fontes verificadas e algoritmos de ranqueamento, as novas formas de busca ainda enfrentam desafios nesse aspecto.

Além disso, a ascensão das IA generativas e dos algoritmos das redes sociais pode amplificar a disseminação de desinformação. Muitos usuários confiam cegamente nas respostas fornecidas por ferramentas de IA, sem verificar as fontes, o que pode levar à aceitação de informações equivocadas como verdades absolutas.

Nas redes sociais, a viralização rápida de conteúdos torna ainda mais difícil o controle da veracidade, especialmente em temas sensíveis como saúde, política e finanças. Isso reforça a necessidade de desenvolver um pensamento crítico e utilizar múltiplas fontes antes de considerar qualquer informação como definitiva.

 

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