Jockey Club de São Paulo investe R$ 200 milhões para recuperar público

Jockey I 28.04.23

Por: Magno José

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Anualmente, o Jockey de São Paulo tem uma receita de aproximadamente R$ 50 milhões só com apostas, tanto físicas, como na agência própria da empresa (Divulgação/Jockey Club São Paulo)

Em um espaço de 600 mil m² localizado à beira da Marginal Pinheiros, em São Paulo, está presente o Jockey Club São Paulo, desde 1875. O local, que já contou com a presença da alta sociedade paulistana para acompanhar corridas de cavalo, hoje está buscando alternativas para recuperar o público perdido.

“Nós nos desconectamos do público mais jovem, na faixa de 20 a 30 e pouco anos. Essas gerações, mesmo as um pouco mais velhas, não frequentaram o Jockey quando crianças, e ao crescer, tiveram diversas opções de entretenimento que não nos incluíam”, afirma José Carlos Pires, diretor-executivo do Jockey.

Assim, com a ideia de transformar o espaço em algo atrativo para todos os tipos de público, o Jockey levantou R$ 200 milhões com quatro empresas, sendo elas CSN, XP Private, MRS Logística e Tirreno Indústria de Produtos Químicos. O dinheiro será investido na reforma dos prédios principais, que são considerados como patrimônio tombado, além de diversificar as atrações do local, abrindo novos restaurantes e espaços para crianças.

A ideia é ter eventos fixos, que acompanhem as etapas do campeonato de Turfe todos os sábados, além de trazer atrações móveis, como os eventos de Carnaval, Festa Junina e eventos corporativos.

“No processo de restauração, temos a pretensão de começar a usar espaços que estavam esquecidos para gastronomia, moda e eventos, já que lugar realmente não falta”, diz o executivo.

As obras tiveram início em 2020 e tem previsão de continuar por todo complexo de edifícios art déco nos próximos anos.

Fontes de renda

Anualmente, o Jockey de São Paulo tem uma receita de aproximadamente R$ 50 milhões só com apostas, tanto físicas, como na agência própria da empresa. O montante representa 85% do valor total.

Para o executivo, as iniciativas serão uma ótima fonte de receita para o Jockey, que também espera pela regulamentação das apostas esportivas pelo Ministério da Fazenda, que deve acontecer ainda neste ano.

“Nós achamos que tem uma oportunidade grande aí para a gente participar dessa discussão e também temos a intenção de aprovar as apostas em corridas de cavalo clássicas, que são as modalidades onde você faz apostas em corridas que já aconteceram”, complementa Pires.

O GP do Turfe, o maior evento da categoria, acontece no primeiro fim de semana de maio. A vontade de Pires é transformar o evento no segundo maior evento esportivo do ano, ficando apenas atrás da etapa brasileira de Fórmula 1. (Forbes)

 

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