‘Jogador profissional’ de máquinas de pelúcia gasta R$ 1 mil por semana para capturar brinquedos
Quem nunca parou ao lado das máquinas de pelúcias em shoppings, restaurantes ou mercados e analisou qual dos brinquedos estava em boas condições para ser capturado pela garra?
Jogar em máquinas de pelúcia – ou “máquinas das garras” – é como um impulso para as pessoas e muitos aproveitam um passeio para tentar a sorte de capturar um brinquedo e a sensação de desafio que o jogo causa é até mais atrativa do que o próprio objeto.
Em São José dos Campos, no interior de São Paulo, um operador de loja de 37 anos já chegou a gastar quase R$ 2 mil em um dia, nas tentativas. E esse não foi um caso isolado. O morador de São José dos Campos, Everaldo Santos, deixa cerca de R$ 1 mil por semana nas máquinas de pelúcia.
“Em um dia eu já cheguei a jogar R$ 1.200, R$ 1.300, depende de como tiver o abastecimento da máquina. Se a máquina estiver capturando bem as pelúcias a gente joga bastante. Em média a gente pega umas 120 pelúcias, 130”, disse Everaldo.
Ele começou a jogar há cinco anos para presentear os filhos, mas logo aquilo deixou de ser casual e começou a fazer parte da rotina, inclusive o fazendo ir para outras cidades apenas para isso.
“Eu tento capturar o máximo de pelúcia possível, mas a minha intenção é jogar. Toda semana saio para jogar. Jogo aqui em São José, jogo em Mogi das Cruzes, em Arujá, Taubaté, Caçapava. Você vê uma pelúcia bonita na máquina e você quer pegar. E também da vontade, você sente a vontade de jogar na máquina”, conta Everaldo.
Após meia década de experiência, ele diz que já sabe quais são as melhores condições para alcançar o objetivo. Para ele, as máquinas cheias são as melhores e a melhor técnica para captura é chamada de pêndulo, que consiste em fazer com que a garra balance antes de descer.
“A gente que é jogador, a gente chega na máquina, analisa e para testar a garra a gente joga de R$ 10 a R$ 12. Com isso você já vê se a garra está boa ou ruim. Se estiver boa a gente começa a captura”, comentou.
Apesar de vender algumas pelúcias para conseguir dinheiro e poder jogar mais, a casa do Everaldo e lotada dos brinquedos.
Com a habilidade que tem, o operador de caixa tenta ajudar as pessoas que também gostam de se aventurar nas máquinas, mas que não possuem a experiência dele.
“Acontece bastante porque as vezes o pessoal chega na máquina e me vê com 10, 20 pelúcias e fala ‘nossa, como você conseguiu? Eu não consigo pegar’ e as vezes eu acabo ensinando a pessoa como se pega”, disse o jogador profissional de máquinas de pelúcia. Assista ao vídeo no g1 Vale do Paraíba e região – João Delfino.