Legalização de jogos de azar no Brasil ainda sem consenso

Destaque I 18.04.17

Por: sync

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A legalização dos jogos de azar no Brasil parece mais próxima que nunca, mas no entanto, ainda tem muita controvérsia e vozes discordantes por entre a sociedade brasileira. Enquanto que uns defendem e acham ser um passo em frente como em tantos outros países do mundo, tem ainda quem sinta receio por dar liberdade a outras atividades criminosas e possíveis corrupções.

O assunto é discutido atualmente tanto no Senado como na Câmara dos Deputados. As propostas presentes visam em regulamentar a exploração de jogos de azar, mas as opiniões estão longe de se unirem. Apesar de existirem já muitos modelos de sucesso em outros países do mundo com garantia de uma rentável fonte de arrecadação e criação de empregos, existe ainda um medo inerente que isso dos cassinos online e apostas esportivas possa vir a estar ligado a atividades criminosas. Ainda que existam já vários sites de apostas online a produzir conteúdo em português, tal não convence os opositores desta possível regulamentação.

Um dos maiores apoiantes dos últimos tempos tem sido Olavo Sales da Silveira, o presidente do Conselho da Associação dos Bingos Cassinos e Similares (Abrabincs). Ele referiu já muita vez que é quase uma vergonha o Brasil ainda não possuir essa regulamentação. Ele menciona o Brasil como uma quase exceção total e que tal tendência tem de ser alterada rapidamente. Ele até reforçou sua posição com argumentos de peso como é o exemplo do Brasil poder arrecadar cerca de R$ 20 bilhões por ano em impostos provenientes dessa indústria do jogo.

Mas nem todos partilham da mesma opinião. Um exemplo perfeito é o fato do terem opiniões opostas. Para José Robalinho Cavalcanti, esta legalização representa um forte risco pois pode muito bem liberar acesso ao crime organizado e várias formas de corrupção e lavagem de dinheiro.

No que diz respeito aos membros do governo brasileiro, muitos questionam frequentemente qual a opinião de Temer e do ministro do Turismo, Marx Beltrão por exemplo. No que diz respeito a Michel Temer a sua postura discreta gerou já alguma especulação sobre sua posição. Enquanto que uns defendem que sua posição inicial era contra, outros afirmaram que outros membros do governo mais recentemente o convenceram que este seria o caminho a seguir devido à oportunidade única de gerar milhões de reais em impostos e seguir a tendência de outros países desenvolvidos que já escolheram legalizar o jogo online.

No caso de Marx Beltrão, este vê com bons olhos essa legislação para o jogo mas sugere uma grande restrição no projeto. Segundo o ministro do Turismo, o Brasil iria escolher de modo sensato se optasse somente por liberar esse jogo para grandes cassinos com resorts integrados a exemplo de como sucedeu em Cingapura. Ele acrescenta ainda que grande parte do dinheiro arrecadado seria direcionado para as áreas da educação, saúde e previdência; algo que certamente seria bem recebido perante a situação atual do Brasil.

Até mesmo vários nomes foram referenciados de celebridades brasileiras que ficariam felizes com a legalização de jogos de azar no Brasil. Um dos casos mais famosos será certamente o de Ronaldo, o Fenômeno, agora um regular jogador de pôquer online e em torneios ao vivo.

Seja como for, o mais natural é que a legalização realmente siga seu rumo e acabe entrando na realidade do mercado brasileiro ainda este ano. Esperemos depois para ver como se comportam as vozes que hoje apoiam e as outras que se levantam contra quando o jogo fizer parte da sociedade brasileira. (Brasil 247)

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