O que a Copa deste ano vai revelar sobre a nova forma de torcer pela Seleção Brasileira

Torcer é um dos principais reflexos da relação do brasileiro com a seleção nacional e o esporte – e, obviamente, não está restrito ao apoio e a canções entoadas por toda uma nação. Com 5 dos 21 títulos da Copa do Mundo, ainda somos os maiores vencedores, embora hoje muitos questionem a máxima de que o Brasil é o país do futebol devido ao desempenho de menor destaque no cenário mundial, à maior profissionalização e à concentração de craques em outros centros nos últimos tempos. O mais recente título da seleção masculina na principal competição foi na Copa do Japão e da Coreia do Sul no longínquo ano de 2002. Caso o hexacampeonato não venha no Catar, o maior jejum da história (de 1970 a 1994) será repetido em 2026, ano do Mundial da América Norte.
Uma extensa reportagem do Valor Econômico analisa a paixão do brasileiro e acrescenta um elemento novo nestes novos tempos: as apostas esportivas.
O psicólogo Eduardo Cillo exemplifica a popularização da modalidade neste mundial: “Posso estar sem arroz e feijão em casa, mas se meu time for campeão vou encher o saco do vizinho, vou gritar na janela, me sentir um vencedor”. Com a popularização das apostas esportivas on-line no Brasil, introduziu-se outro elemento ao ato de torcer, porque o time que pode render algum dinheiro para a casa não necessariamente será o do coração. “Isso pode dividir o torcedor: ‘Torço por esse time, mas não confio nele e vou apostar no rival’.”