Opinião: a inadequada audiência pública da Loteria de Brasília

Blog do Editor I 18.11.21

Por: Magno José

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O CEO da HEBARA, Amilton Noble, teve a serenidade de conviver durante mais de duas horas com ignorância sobre o tema e, oportunamente, esclarecer vários equívocos manifestados para tentar salvar a audiência pública

Conforme o BNL adiantou na última quinta-feira (11), seria oportuno que a audiência pública promovida pela Câmara Legislativa do Distrito Federal para discutir a criação da Loteria de Brasília tivesse alguém que entendesse de loteria.

O primeiro equívoco foi discutir o tema na Comissão de Segurança e, além disso, o autor do requerimento, deputado Roosevelt Vilela, manifestou-se contrário a criação da loteria.

Durante a audiência o parlamentar criticou a possibilidade de o serviço ser concedido à iniciativa privada e sugeriu que a atividade fosse exercida pelo Banco de Brasília (BRB), no mesmo modelo em que é feita a loteria federal, por meio da Caixa Econômica Federal. “Se não tiver solução, que seja administrada pelo Estado”, sugeriu.

Equivocadamente, os debatedores indicaram que o sistema de loteria é uma questão sensível, que afeta a cultura da cidade e, ainda, pode potencializar a criminalidade no DF, a exemplo o crime organizado, fraudes e lavagem de dinheiro. Na verdade, o pior dos quadros é a clandestinidade, que alimenta os crimes paralelos e a impossibilidade de regras claras.

O coordenador da ONG Brasil Sem Azar, Paulo Fernando – que acredita fielmente que no país não tem nenhuma operação de jogo ilegal –, criticou a reativação da loteria e a legalização dos jogos pelo Congresso Nacional.

Apenas poucas manifestações evitaram que a reunião se transformasse em um ‘circo de horrores’: o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-DF), Henrique Lenz Cesar Filho defendeu a implantação a loteria e a legalização dos cassinos. O representante da Federação Brasileira de Loterias – FEBRALOT, Urbano Simão, que defendeu a rede lotérica. O mestre em Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), Fábio Caló, que tratou tecnicamente a questão do transtorno em jogo.

O CEO da HEBARA, Amilton Noble, teve a serenidade de conviver durante mais de duas horas com ignorância sobre o tema e, oportunamente, esclarecer vários equívocos manifestados para tentar salvar a audiência pública.

Assista ao vídeo com a íntegra dos debates:

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