Presidente da CPI das Bets quer que relatora revele ameaças que sofreu

Presidente da CPI das Bets no Senado, o senador Dr. Hiran reagiu, nesta terça, a declarações da relatora da comissão, senadora Soraya Thronicke, de que é alvo de ameaças do crime organizado e tem andado com segurança armada tanto em Brasília quanto no seu estado de origem, o Mato Grosso do Sul, revela a coluna Radar da VEJA.

“Se a senadora está sendo ameaçada, precisa nos informar como e quando para que tomemos todas as medidas cabíveis”, diz o senador.

Soraya também reclama da demora dos colegas em retomar os trabalhos da comissão neste início de ano e chega sugerir que é alvo de pressões dentro da Casa. “Estou sentindo toda dificuldade de trabalhar, fazendo meu relatório em absoluto sigilo”, diz a senadora.

Hiran também rebateu essas declarações: “A CPI — como as demais comissões da Casa — ainda não iniciou suas atividades neste ano. O colegiado faz um trabalho sério, examina um setor que precisa ser melhor regulado, enfrenta muitos interesses, e em nenhum momento pode haver dúvidas sobre a qualidade do trabalho realizado. Iremos zelar pelo trabalho da comissão até que todas as linhas de investigação estejam esgotadas”.

O Senado instalou, na semana passada, as comissões permanentes da Casa, com a indicação dos integrantes pelas bancadas partidárias e a eleição dos presidentes de cada colegiado. No caso da CPI, esse rito não é necessário.