Quais são os interesses e a quem interessa manter o jogo na ilegalidade?

Blog do Editor I 09.03.22

Por: Magno José

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Involuntariamente, senador opina por manter os jogos na ilegalidade 1

É sempre importante ressaltar que o jogo ilegal existe enquanto o legal não existir. Religiosos e a bancada evangélica sempre se colocam contrários a legalização dos jogos com os argumentos que esta atividade vai gerar um alto custo social com o aumento dos jogadores patológico e que vai servir para lavagem de dinheiro.

Legalizar e regulamentar o mercado não vai fazer com que mais (ou menos) pessoas se viciem em jogar e apostar, porque o projeto de lei aprovado na Câmara já prevê alternativas para identificar esses perfis de jogadores e atuar diretamente na questão do vício. Quem seriam os “viciados” entre os 20 milhões de brasileiros que apostam, diariamente, no jogo do bicho, um dos mais antigos do país? Pois é, não dá para saber devido à falta de uma legislação específica e, a consequente, ausência de políticas públicas para este problema.

Sempre existirão posições contrárias em relação aos jogos, mas o pior dos quadros é a clandestinidade, que alimenta os crimes paralelos e a impossibilidade de regras claras.

A ‘indústria da proibição’ é uma atividade muito lucrativa e é preocupante que religiosos apostem no lobby para manter esta atividade na clandestinidade.

É desumano e, até pecado, assistir a CNBB se aliar ao lobby dos evangélicos para manter o jogo na ilegalidade e usar a patologia, lavagem de dinheiro e ausência de controle como argumentos contrários.

Quais são os interesses e a quem interessa manter o jogo na ilegalidade?

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