Bloqueio de sites ilegais é maior preocupação do setor, diz diretor de bet
Nas últimas duas semanas do ano, executivos do setor de apostas esportivas online correm para conseguir a certificação de suas plataformas e de provedores de jogos para amanhecer em 1º de janeiro de 2025 em acordo com todas as exigências do Ministério da Fazenda, como informa a coluna Radar de VEJA.
Mas a maior preocupação para o ano que vem, quando começa a valer toda a regulamentação sobre as bets, é saber se o poder estatal terá capacidade de bloquear os sites de apostas ilegais, afirma o diretor jurídico da EstrelaBet, Frederico Gabrich.
“Há que se dar mais força regulatória e orçamentária tanto para o Banco Central quanto para a Anatel”, diz o executivo. “Se as operações de pix das casas ilegais forem bloqueadas pelo BC, metade dos problemas estão resolvidos. Se a Anatel tiver recursos para fazer o bloqueio dos sites, a outra metade está resolvida.”
Também causa inquietação nas bets licenciadas pela Fazenda a constituição de reserva financeira mínima de 5 milhões de reais. A lei determina que essa reserva seja mantida na forma de aplicações em títulos do Tesouro, mas, entre executivos das empresas, ficou a dúvida sobre qual ou quais dos títulos valerão para cumprir a norma.
Combate ao vício
O diretor da EstrelaBet afirma que a empresa também se preocupa com o “jogo responsável” e adota iniciativas para oferecer tratamento a pessoas com vício.
“Temos um programa de atendimento para pessoas que pedem ajuda psicológica. Fazemos o atendimento pela universidade com a qual temos convênio”, diz Gabrich.
“Também temos a preocupação de buscar patrocínios não apenas esportivos ou com influenciadores, mas, também, na área social. Temos um grande patrocínio com a Santa Casa de Belo Horizonte, o maior hospital do SUS em Minas Gerais”, acrescenta.