Brasileiros que têm dinheiro nos sites de apostas podem perder os valores; entenda
Brasileiros que têm dinheiro nos sites de apostas correm o risco de perder os valores com a retirada do ar das plataformas irregulares. Para manter os jogadores nas apostas, a maioria das chamadas “bets” só libera o saque dos prêmios se o cliente apostar também todo o valor do bônus recebido.
Assista a entrevista na Rádio CBN.
O cientista de dados Ricardo Santos afirma que quem não aceitou o bônus não deve ter dificuldade, mas os demais terão o empecilho chamado de “rollover”, em que o apostador deve movimentar determinada quantia para depois conseguir retirar o dinheiro.
“Imagina que você depositou R$ 100 e a casa diz: “você vai ganhar 100% do valor do depósito”. Então, você depositou R$ 100 e te dão mais R$ 100. Mas, você não pode simplesmente sacar os R$ 100 que você depositou mais o bônus, senão estariam te dando dinheiro e casas de aposta não fazem isso. Eles exigem, para que você consiga sacar os R$ 100 de bônus, que você faça quantidade x de apostas; e que o valor da aposta seja o valor que você depositou, somado ao valor do bônus”, explica.
O presidente do Instituto Brasileiro do Jogo Legal, Magnho José, comemora as iniciativas para regulamentar o setor. Ele diz que quem fez apostas nas bets que buscam a adequação no Ministério da Fazenda não precisa se preocupar. Estas, inclusive, já notificaram os usuários sobre a continuidade da operação.
Por outro lado, com o bloqueio anunciado pelo ministro Haddad, parte dos apostadores deve, sim, ter prejuízo.
“Eu já tive registro aqui de pelo menos cinco casos de pessoas que apostaram em sites e, quinze dias depois, eles desapareceram. Os sites foram apagados da internet e elas ficaram sem os fundos delas que estavam na conta desse portal. Então, eu imagino que isso possa acontecer”, relatou.
O presidente do Instituto ainda afirma que, após a regulamentação, ficará mais fácil identificar as empresas legais, já que elas terão que ter nos endereços o ‘bet.br’. Nesta terça-feira (1º), o Ministério da Fazenda deve divulgar a lista de empresas que ficarão impedidas de operar no Brasil.