Diretor do Esportes da Sorte diz que operação da PF é ‘desserviço à nação’ e defende legalidade da casa de apostas

Apostas I 09.09.24

Por: Magno José

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Diretor do Esportes da Sorte diz que operação da PF é 'desserviço à nação' e defende legalidade da casa de apostas
Diretor jurídico da Esportes da Sorte defende a empresa, em vídeo publicado nas redes sociais no domingo (8) (Foto: Reprodução)

Em vídeo publicado nas redes sociais neste domingo (8), o diretor jurídico da Esportes da Sorte, Gabriel Oliveira, criticou a operação da PF, afirmou que a empresa é inocente e disse que sempre foram transparentes nos negócios. O dono da casa de apostas, Darwin Henrique da Silva Filho, e sua esposa, Maria Eduarda Filizola, foram presos na quinta-feira (5). O casal é alvo da operação “Integration”, que investiga um esquema criminoso de lavagem de dinheiro e jogos ilegais e também prendeu a influenciadora Deolane Bezerra e a mãe dela, Solange Bezerra.

Oliveira iniciou sua fala dizendo que a Esportes da Sorte evoluiu “dentro de uma atividade nova e legalizada”.

— A situação dos últimos dias, deflagrada pela operação Integration da PF, presta um desserviço à nação e atenta contra o que deveria ser a sua finalidade, a verdade — afirmou o diretor jurídico, que disse que a empresa atua dentro da legalidade. — Somos “culpados” pela transparência. Somos “culpados” por termos comprovações e funcionarmos dentro da legalidade, inclusive com toda operação financeira sendo feita através de instituições íntegras e com procedimentos homologados pelo Banco Central.

O diretor ainda afirma que a casa de apostas seria pioneira na bandeira do “jogo responsável”, e que lutam “bravamente por uma regulamentação eficaz, segura e responsável”.

— Temos a certeza da nossa inocência, seguimos onde sempre estivemos, à disposição da justiça. Temos a certeza que tudo isso será lembrado como episódio triste, desproporcional e irresponsável. O que está acontecendo advoga para o retrocesso do país. Rasgou o que se conhece sobre garantias fundamentais. Não se trata apenas de Esportes da Sorte e seus dirigentes. Estão atentando contra milhares de empregos gerados pelo setor — conclui Oliveira, no vídeo, que vem sendo muito compartilhado no Instagram.



A Esportes da Sorte
A Esportes da Sorte foi uma das precursoras do setor no país. Fundada em 2018 por Darwin Henrique da Silva Filho, que teve a prisão decretada no âmbito da operação, a casa de apostas está sediada em Curaçao, onde tem uma licença de funcionamento internacional (8048/JAZ2022-056), fornecida pelo governo local e segue as regras de lá.

A plataforma oferece apostas nos principais campeonatos de futebol brasileiro, nas ligas europeias, torneios internacionais, além de outros esportes, e-sports e jogos de cassino, inclusive ao vivo.

Com o crescimento do setor, a empresa apostou no patrocínio do futebol brasileiro. Hoje, a Esportes da Sorte está estampada como patrocinador máster nos uniformes do Corinthians (R$103 milhões por ano), Bahia (R$19 milhões por ano) e Athletico (R$17 milhões por ano). Também aparece na camisa do Grêmio (R$23 milhões por ano) e no futebol feminino do Palmeiras (R$20 milhões por ano). A marca também está presente em clubes de outras divisões, como Ceará, Náutico e Santa Cruz.

A empresa foi uma das mais de 100 plataformas que entraram com pedido de licença para atuar no país de acordo com a legislação que passará a vigorar em 2025.

Em entrevista ao GLOBO no mês passado, Darwin Henrique da Silva Filho, defendeu a regulamentação das bets e afirmou que somente empresas ilibadas conseguiriam permanecer no mercado. Na época, as empresas estavam nos últimos dias para entrar com o pedido de outorga na Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), vinculada ao Ministério da Fazenda, se quiserem operar já em janeiro de 2025.

— O mercado regulado vai fazer com que restem apenas as empresas de reputação ilibada e que adotam as melhores práticas, como compliance, prevenção a fraudes e a promoção do jogo responsável — disse. (Com Informações do Globo Online)

 

 

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