Homem, jovem e de baixa renda, pesquisa revela o perfil dos apostadores em sites bets
Uma pesquisa, cujos dados ainda são inéditos, traçou o perfil dos apostadores de empresas bet. De acordo com o levantamento da Datahub, 23,84% dos usuários dos sites de apostas, pouco mais de 2,5 milhões de pessoas, são beneficiários de programas sociais do governo (17,97% auxílio emergencial; 4,69% bolsa família; 0,8% prestação continuada; 0,24% garantia safra; e 0,14% seguro defeso). Além disso, a faixa de renda que possui mais usuários é a de quem ganha até R$ 1,5 mil, com 36% dos usuários.
— É revelador que as faixas de menor renda sejam as mais representadas. Isso pode sugerir que, para muitos, as apostas esportivas são vistas como uma oportunidade de ganho financeiro — analisa Felipe Mesquita, executivo da DataHub.
Os dados que a data Datahub usou para a pesquisa foram coletados entre 1º de novembro de 2022 e 31 de julho deste ano. Neste período, foram registradas 55 milhões de apostas por mais de 10 milhões de pessoas.
A maioria dos apostadores tem de 28 a 36 anos, que são 31,84% da base. Seguidos pela faixa etária de 22 a 27 anos, com 28,02%; e dos de 37 a 45 anos, com 19,37%. Também houve registros de idosos. A faixa etária de 71 a 90 anos representa 1,73% dos usuários.
A pesquisa também detectou que 2,06% da base é formada por menores de idade, apesar da atividade ser proibida para quem tem menos de 18 anos. Uma pequena margem se declarou atleta ou familiar de algum esportista; eles representam 0,2% dos usuários.
O mercado é predominantemente masculino, com 69,11%, contra 30,88% de mulheres, e está mais concentrado no Sudeste, com 46,93% dos apostadores. Nordeste tem 26,47 da base, seguido pelo Sul, com 11,25%. Já Centro-Oeste e Norte têm 7,94 e 7,41%, respectivamente.
Por fim, a pesquisa informa que 57,71% dos apostadores estão registrados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), enquanto microempreendedores individuais (MEIs) ou empresários representam aproximadamente 20%. Os funcionários públicos compõem 8,16% dos apostadores. (O Globo/Panorama Esportivo – Athos Moura – Rio de Janeiro)