Justiça de Pernambuco arquiva investigação contra sócios da Vai de Bet e Gusttavo Lima

Apostas I 09.01.25

Por: Magno José

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Justiça de Pernambuco arquiva investigação contra sócios da Vai de Bet e Gusttavo Lima
Gusttavo Lima ao lado de André, dono da Vai de Bet, e de Aislla Rocha e Andressa Suíta, suas respectivas mulheres (Foto: Reprodução/Redes sociais)

A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife decidiu, nesta quinta-feira (9), pelo arquivamento da investigação contra o músico Gusttavo Lima e os sócios da casa de apostas Vai de Bet por um suposto esquema de lavagem de dinheiro. A decisão da juíza atendeu ao pedido do Ministério Público do estado.

Além disso, a magistrada mandou restituir todos os bens do artista que tenham sido apreendidos em operação. Determinou, ainda, a retirada da restrição das embarcações, tanto de Gusttavo Lima quanto dos sócios da casa de apostas Vai de Bet. Ao Metrópoles o cantor comentou a decisão: “Me sinto aliviado e com o senso de que existe Justiça neste país”.

Segundo o MP, não existem elementos suficientes para que uma denúncia contra os envolvidos fosse oferecida. Como resultado do arquivamento, as medidas cautelares que recaiam sobre Gusttavo Lima e os nomes ligados a bet, José André da Rocha Neto, Aislla Sabrina, Thiago Lima Rocha e Rayssa Rocha, foram levantadas. Os citados também terão seus bens apreendidos restituídos pela Polícia Civil de Pernambuco.

Na decisão desta quinta-feira, a juíza destaca que permanece a possibilidade da investigação ser reaberta caso surjam novas provas.

O sertanejo chegou a ser indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco e teve sua prisão preventiva decretada, medida posteriormente revertida pela Justiça. Transações financeiras e a venda de aeronaves foram apontadas pelos investigadores como ligações entre Gusttavo Lima e os demais envolvidos no suposto esquema de lavagem de dinheiro.

“Sempre confiamos na Justiça e desde o início da operação nunca tivemos dúvida sobre qual seria o desfecho da investigação. Agradeço às autoridades pela lucidez e pela celeridade com que trataram nosso caso. Que agora nós possamos seguir com nossas vidas e que consigamos exercer nossa atividade profissional da maneira mais correta possível, como sempre quisemos fazer”, disse por meio de nota José André da Rocha Neto, CEO da Vaidebet.

A operação investigava possíveis irregularidades envolvendo a venda de uma aeronave e a relação do artista com a empresa HSF Entretenimento e Promoção de Eventos, do empresário Darwin Henrique da Silva Filho, dono da Esportes da Sorte.

O MP justificou que o indiciamento do sertanejo ocorreu em razão de transferências das empresas Zelu Brasil Facilitadora de Pagamento e Pix 365 Soluções Tecnológicas (Vai de Bet) à GSA Empreendimentos e Participações, de Gusttavo Lima, sem qualquer indicação de como teria ocorrido a suposta ocultação ou dissimulação dos valores, necessária para caracterização de lavagem de dinheiro.

Divergências entre a juíza Andréa da Cruz e o Ministério Público marcaram o andamento do processo e levaram o caso até Procuradoria-Geral de Pernambuco, que reafirmou o entendimento pelo arquivamento da investigação. Em uma decisão de dezembro, a magistrada criticou a demora do MP em se posicionar, fosse para solicitar o arquivamento, oferecer a denúncia ou pedir novas diligências.

“Em um Estado Democrático de Direito, a inércia não pode ser tolerada, sob pena de comprometimento da legitimidade do processo e da própria credibilidade das instituições encarregadas de fazer cumprir a justiça”, escreveu.

A magistrada também se referiu ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, como “inativo” e “silencioso”, em um comportamento marcado pela “falta de impulso processual”. Por conta disso, determinou o envio do caso à Procuradoria-Geral de Justiça.

 

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