LOTERJ contribui para o enfrentamento da violência doméstica contra a mulher

Loteria I 24.09.24

Por: Magno José

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LOTERJ contribui para o enfrentamento da violência doméstica contra a mulher
A residência temporária (seis meses, no máximo) com capacidade para 60 pessoas distribuídas em 15 quartos funciona em um endereço sigiloso, sendo integralmente custeado com recursos da LOTERJ, em parceria com o Rio Solidário (Foto William Salvador/LOTERJ)

“Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher” é coisa do passado! O Lar da Mulher, disponível 24 horas por dia, finais de semana e feriados, realiza o acolhimento de mulheres em situação de violência física, psicológica ou sexual, e também aquelas que estão em risco de vida devido à violência doméstica no Estado do Rio de Janeiro. O local funciona em um endereço sigiloso, sendo integralmente custeado com recursos da LOTERJ, em parceria com o Rio Solidário.

“Investimos no Lar da Mulher desde 2009, custeando todas as despesas. Neste período, foram repassados cerca de R$ 19 milhões para o atendimento, aproximadamente, de 900 residentes e seus filhos menores de 18 anos. Em agosto, renovamos o convênio, por mais 12 meses. Serão mais de R$ 5,3 milhões até 2025, crescimento proporcional ao processo de legalização das bets. Por investimentos sociais como esse, sigo defendendo o jogo responsável e combatendo a operação de plataformas ilegais de jogos online no estado para transformar a vida de centenas de pessoas”, ressalta Hazenclever Lopes Cançado, presidente da LOTERJ.

Lar da Mulher

Residência temporária (seis meses, no máximo), o Lar tem capacidade para 60 pessoas distribuídas em 15 quartos. Tem ainda refeitório, biblioteca, salão de beleza, brinquedoteca, lavanderia, entre outros espaços. O atendimento as vítimas é individualizado e visa romper o ciclo de violência, oferecendo apoio psicológico e atividades socioeducativas, por meio de grupos terapêuticos.

“É um refúgio seguro. A qualquer momento elas podem pedir para sair do Lar da Mulher, mas enquanto estão no local não podem ter contato com nenhum familiar e o celular é desligado e guardado. Temos uma equipe multidisciplinar que inclui psicóloga, assistente social, pedagoga, educadores sociais, agente de segurança, entre outros profissionais, que dão suporte para a reintegração social. Agilizamos documentação, cadastro no programa Bolsa Família, matriculamos seus filhos na rede pública de ensino, entre outros encaminhamentos necessários, objetivando a autonomia”, conta Sônia Maria Ciriaco, diretora do Lar da Mulher.

Encerrando um ciclo de violência

Maria (nome fictício), de 30 anos, buscou refúgio no Lar da Mulher, com seus filhos, como sua última saída. “Não sabia que o Lar da Mulher existia. É preciso dar mais divulgação para que mulheres que estão passando por situação de violência saibam que tem um local de acolhimento. Eu estava na rua com os meus filhos – sem saber para onde ir ou o que fazer, e quando cheguei aqui percebi que é possível recomeçar. Reaprendi a pensar por mim mesma, eu não sabia dizer “não”. A psicóloga e a assistente social ajudaram. Comecei a enxergar melhor meus filhos, a reconhecer a violência e a melhorar minha autoestima. Quando sair, quero alugar uma casa para morar com meus filhos, trabalhar e voltar a estudar”.

Como é o encaminhamento?

No Estado do Rio de Janeiro, o Centro Especializado de Atendimento a Mulher – CEAM recebe, das 9h às 18h, a vítima oriunda de Clínicas da Família, Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, delegacias etc, verifica se ela pode ou não ser acolhida por algum familiar e, em casos de mulheres em situação de grave ameaça e de risco iminente de morte, solicita a Medida Protetiva, fazendo o encaminhamento para o Lar da Mulher.  A partir das 18h até a manhã seguinte quem garante o encaminhamento seguro das vítimas ao Lar é a Central Judiciária de Acolhimento da Mulher Vítima de Violência de Doméstica – CEJUVIDA, integrado ao Plantão Judiciário.

 

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