Lula demite Rita Serrano e define novo presidente da Caixa Econômica Federal

Blog do Editor I 26.10.23

Por: Magno José

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O novo cotado para a Caixa Econômica Federal
O substituto será o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes. Ele é funcionário de carreira do banco e já trabalhou com integrantes do PP. A decisão ocorre em meio a pressões do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e de líderes do Centrão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu a presidenta da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano. A decisão foi comunicada durante uma reunião no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira 25.

A demissão acontece em meio a pressões do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e de líderes do Centrão pelo comando da instituição.

O substituto de Serrano será o economista Carlos Antônio Vieira Fernandes, aliado de Lira. Ele é funcionário de carreira do banco e já trabalhou com integrantes do PP.

Fernandes também foi diretor da Funcef, fundo de pensão da Caixa, entre 2016 e 2019.

Rita Serrano é mestre em Administração pela Universidade de São Caetano do Sul. Ela é servidora de carreira da Caixa desde 1990 e está desde 2017 como representante dos empregados no conselho de administração.

Fernandes também é servidor de carreira da Caixa. Foi secretário-executivo do Ministério das Cidades na gestão de Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) no governo Dilma Rousseff (PT).

A troca de comando da Caixa já vinha sendo antecipada por interlocutores. A presidência do banco era cobiçada há meses por partidos do Centrão, em troca de apoio ao governo Lula no Congresso.

Lira já havia afirmado que o comando da Caixa estava na negociação para ampliar a base parlamentar do Palácio do Planalto.

Os partidos querem também indicar substitutos para as vice-presidências da Caixa. Lula e Lira, no entanto, ainda devem se reunir ao longo desta semana para confirmar as substituições.

O Centrão é um bloco de partidos que tradicionalmente apoia o governo federal em troca de cargos e recursos do orçamento público.

O comando da Caixa e de outros órgãos públicos, como os Correios e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), era reivindicado por essas siglas desde julho.

 

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